Após cinco dias, cômodos de casas vizinhas à laje que desabou seguem desocupados

Cômodos de dois imóveis vizinhos à laje que desabou e soterrou um pedreiro de 54 anos na última quinta-feira (10) seguem desocupados, cinco dias após o acidente. Uma casa e uma sala comercial apresentam rachaduras nas paredes. A Defesa Civil aguarda o fim da demolição do que restou do local para liberar esses cômodos aos moradores.

Defesa civil não interditou formalmente os imóveis

O coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil, Robledo Mendonça, explica que não houve interdição formal, apenas orientação aos moradores para não usarem cômodos que fazem divisa com a laje. Na residência, os agentes orientaram aos moradores que evitassem o uso dos quartos.

“Não chegamos a fazer a interdição formal, orientamos os moradores a não ficarem nos cômodos próximos a divisa até que o trabalho de demolição no local seja finalizado. Estamos aguardando o pessoal finalizar o serviço de demolição para retornar ao local e verificar, casa por casa, se houve algum abalo antes de liberar o retorno aos cômodos”, explica o coordenador.

Família continuou na casa após o desabamento da laje ao lado

O imóvel residencial pertence à família da dona de casa Diva dos Santos, que permaneceu na casa por ter dificuldades de se hospedar na residência de parentes devido ao marido que é acamado e necessita de cuidados durante a noite.

“Eu cuido do meu velho (marido) que fica na cadeira de rodas, ele precisa de atenção de noite e fica complicado de ir para casa de alguém. A Defesa Civil sugeriu desocupar só os quartos. Meu filho dorme na sala. Coloquei um colchão no chão e dormimos aqui mesmo”, conta a dona de casa.

Uma sala comercial também apresentou rachaduras na parede; mas, segundo a defesa, não há risco de abalo estrutural. A sala passará por uma nova pericia para confirmar se houve outros danos.

Liberação dos cômodos é prevista para quarta-feira (16)

A previsão é que os cômodos sejam liberados até quarta-feira (16).“Já fizemos uma primeira vistoria, vamos fazer uma última vistoria para fazer uma análise total e emitir um relatório e entregar para os moradores. A pessoal da demolição informou que terminaria o trabalho hoje. Terminando hoje, amanhã retornamos lá e fazemos a vistoria final”, conta Robledo.

A laje desabou por volta das 11h27 de quinta-feira (10) na rua Santa Catarina, no Jardim Guanabara em Goiânia. Um pedreiro que trabalhava no local ficou soterrado nos escombros, recebeu atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos.

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