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Após determinação do TCM, Rogério Cruz afasta secretário de Saúde por três meses

O TCM destaca que Pollara teria tentado implementar um tipo de contratação desvantajosa junto ao Samu

Secretário de Saúde da Prefeitura de Goiânia, Wilson Pollara em coletiva à imprensa (Foto: Divulgação)

O prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), cumpriu uma determinação do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) e decidiu afastar o secretário de Saúde da Prefeitura de Goiânia, Wilson Pollara, por três meses. O ato vale a partir desta segunda-feira (1º) e já foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM), em edição suplementar. Em seu lugar, assume o secretário-executivo Quesede Henrique.

“O prefeito de Goiânia, no uso da atribuição que lhe confere […]; tendo em vista a decisão em medida cautelar do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás […] resolve afastar Wilson Modesto Pollara, matrícula nº 1558153, CPF nº ***.708.308-**, do cargo, em comissão, de Secretário Municipal de Saúde, por 90 (noventa) dias corridos”, diz um trecho do documento. A Prefeitura também convocou uma coletiva para a manhã desta terça-feira (2), onde dará mais detalhes do assunto.

A determinação do TCM ocorreu na noite da última sexta-feira (28). O Tribunal apreciou uma representação apresentada pelo Ministério Público de Contas (MPC). A petição, assinada pelo Procurador-Geral de Contas Henrique Pandim Barbosa Machado e pelo Procurador de Contas José Gustavo Athayde, alega que a contratação emergencial junto ao Samu, apresenta graves irregularidades, incluindo tentativas de frustrar o controle externo exercido pelo TCMGO.

Apesar de uma medida cautelar anterior que suspendeu uma tentativa similar de contratação, a Secretaria Municipal de Saúde teria reiniciado o processo logo após a decisão do Tribunal. O MPC argumenta que a continuidade de Pollara no cargo poderia obstruir as investigações e causar prejuízos ao erário, uma vez que ele teria tentado implementar uma contratação potencialmente desvantajosa e antieconômica.  Por isso, solicitou o afastamento temporário de Pollara, conforme previsto na legislação vigente.

Inicialmente, a Prefeitura relutou em afastar o secretário. Por meio de nota, encaminhada ao Mais Goiás, disse que estava buscando meios para “reverter a decisão de afastamento do Secretário Municipal da Saúde”. Também destacou que “mantém o firme propósito de assegurar a correta prestação de serviço à população e não medirá esforços, junto ao TCM-GO, para encontrar o melhor caminho para solução definitiva para as falhas que ocorrem no serviço há anos”