Após pagar fiança, mãe suspeita de matar filha acidentalmente em Piranhas é solta
Foi paga fiança no valor de um salário mínimo, e mulher foi liberada. Ela teria dormido sobre a criança e está em estado de choque
Nesta sexta-feira (8), J.L.S., 23 anos, presa na última quinta-feira (7) suspeita de matar a filha acidentalmente após dormir sobre a criança, foi liberada após pagar uma fiança no valor de um salário mínimo. De acordo com o delegado à frente das investigações, Marlon Souza Luz, “não se pode fazer um pré julgamento do caso, sujeitando mais sofrimento à família”. O fato aconteceu na cidade de Piranhas, a 321 quilômetros de Goiânia.
Foi atribuído à morte, homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. “A imprudência resultou no óbito, porém como é um crime afiançável, foi pago um salário mínimo. A mãe da criança estava desesperada, em estado de choque, gritando o nome da filha e dizendo não ter clareza sobre o que aconteceu”, diz o delegado.
Para garantir a segurança da mulher, Marlon aconselhou aos advogados que a preservem da população, pois teme que aconteça algum tipo de hostilização das pessoas em Piranhas.
LAUDOS
Marlon analisou o laudo preliminar, realizado pelo Hospital Municipal Cristo Redentor e pela Polícia Técnico-Científica, constatando que o indiciativo foi morte acidental do bebê, possivelmente por sufocamento. Porém, infanticídio ainda não foi descartado.
“No infanticídio, ocorre uma alteração psicológica da mãe no pós-parto. Ela se comporta de maneira hostil em relação ao filho. Essa circunstância dura até dois meses de vida do bebê. Estou aguardando os laudos cadavérico e do local do crime para solicitar uma avaliação psicológica da mulher”, declara o delegado.
O CASO
Segundo Marlon Luz, na noite da última quarta-feira (6) J.L.S., ingeriu grande quantidade de bebida alcoólica na casa de uma tia e depois foi para sua residência. “A mãe teria sido negligente e dormido sobre o corpo da criança após amamentá-la e tê-la colocado para dormir”.
Quando J.L.S., acordou, a bebê estava gelada e pálida. Ela pediu a um vizinho que a levasse ao hospital, e no local, a equipe médica constatou o óbito. A criança tinha um mês e meio de vida.
*Fabrício Moretti é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo