Após picada, homem mata cobra e a leva para produzir soro antiofídico em Catalão
Por ter matado a cobra com o objetivo de produzir o soro antiofídico, homem não responderá por crime ambiental
Um homem de 5o anos foi picado por uma cobra, matou o animal e o levou para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Jamil Sebba, em Catalão, para que soro antiofídico fosse produzido de forma rápida e assim, impedir que o veneno se espalhe no organismo. A cobra, da espécie Jararaca, tenha cerca de 1,5 metro de comprimento. O homem não responde por nenhum crime ambiental, já que matou a cobra para salvar a própria vida.
De acordo com a unidade de saúde, o homem chegou ao hospital na tarde de sábado (22) com relatos de que foi picado por uma cobra e levou o animal morto em uma espécie de mala improvisada até o local. O objetivo do paciente era agilizar a produção do soro antiofídico que é feito através do veneno da cobra e é utilizado para neutralizar o veneno no organismo.
Homem recebeu atendimento, ficou em observação e foi liberado
O paciente foi atendido, recebeu o soro e ficou sob observação médica por 24 horas. Após realizar novos exames, o homem foi liberado e retornou para casa.
Os sintomas de envenenamento por picada de jararaca começam a se manifestar cerca de três horas após a picada. Entre os principais sintomas estão o inchaço no local da picada, calor e ardência na pele, insuficiência renal e dor persistente.
Ação não configura crime ambiental
O delegado Luziano Carvalho da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Ambiental (Dema), explica que o ocorrido não configura crime, uma vez que o homem matou o animal para produzir o soro e salvar sua vida.
“Os crimes contra animais silvestres têm quatro condutas: pratica de abusos, maus-tratos, ferir ou mutilar e mata, mas nesse caso o objetivo dele (homem) era cuidar da vida dele. Eu sinto muita dificuldade em falar que isso é crime ambiental, a reação dele é uma reação normal do ser humano. Se você foi atacado por um animal, o que vai fazer? Se defender. Não vejo como ato criminoso”, relata o delegado.
Luziano ressalta que ataques de cobras em fazendas é comum e para se defender ou proteger suas criações, alguns fazendeiros matam animais considerados perigosos.
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