Após sucessão de erros, PRF desvenda caso de roubo e sequestro na BR-153, em Goiânia
Ao retornar de evento com o governador em Teresópolis na noite de sexta-feira (27), policiais…
Ao retornar de evento com o governador em Teresópolis na noite de sexta-feira (27), policiais rodoviários federais (PRFs) visualizaram um veículo Prisma parado no acostamento da BR-153 a três quilômetros de uma barreira da corporação, próxima ao Parque Ecológico. Ao averiguarem a situação, motorista admitiu que não tinha habilitação e nem os documentos. O carro estava com pane seca e foi levado à barreira, onde o condutor (29) que afirmava ser estudante de Engenharia Civil foi pego na mentira e acabou sendo preso em flagrante por roubo e sequestro. A vítima, um motorista (22) do aplicativo 99, não ficou ferida. Nomes não foram revelados.
De acordo como inspetor corporação Newton Morais, ninguém desconfiava do homem até que o indivíduo passou a dar informações “desencontradas”. Numa conversa com ele, o criminoso revelou – na tentativa de enganar os policiais – que era estudante do 4° ano de Engenharia Civil. Bacharel no curso, um dos agentes que participava do diálogo o questionou sobre a disciplina que homem teria mais dificuldade. A resposta mudou tudo: Biologia.
“Nesse momento, os agentes desconfiaram e passaram a interrogar o indivíduo. Tinha alguma coisa errada. Biologia nunca foi matéria de Engenharia Civil. Enquanto isso, um rapaz mais novo chega a pé na barreira e identificou o até então condutor como um dos responsáveis pelo seu sequestro. Ele foi preso na hora e foi levado junto com o carro para a Delegacia de Furtos e Roubos”, observa Newton.
A vítima informou que era motorista do aplicativo 99 e que aceitou corrida por volta das 21h, no Buriti Shopping. Quando chegaram no endereço do passageiro, em Aparecida de Goiânia, outro homem, armado os aguardava. O profissional foi amarrado com fios de energia e colocado no porta-malas do veículo, enquanto os bandidos assumiram a direção
De dentro do bagageiro, informou ele aos policiais, era possível ouvir trechos das conversas dos criminosos. “Ele conseguiu ouvir que o carro estava encomendado e seria entregue em Anápolis. No caminho para lá, a dupla perdeu contato com receptador e decidiram voltar para aparecida, onde deixariam o carro na garagem de um deles até que recebessem nova ligação com o local da entrega”, lembra Newton.
Na volta, entretanto, segundo o policial, aconteceu o inesperado: o combustível acabou. “Nesse instante, um deles saiu para buscar ajuda, enquanto o outro tirou o motorista do veículo e o escondeu a cerca de 100 metros do carro, em um matagal. Minutos depois, de volta ao carro, ele foi abordado pelos policiais, que até então não desconfiavam de nada. Ele não contava, entretanto, que iria se enrolar na conversa sobre engenharia e, muito menos, que o sequestrado seria capaz de fugir e buscar socorro na barreira policial”.
Conforme explica Newton, diante das circunstâncias, o bandido entregou tudo. “Confirmou que foi ele que solicitou a corrida no aplicativo e partiu para o endereço em Aparecida, onde encontraram o comparsa, que está foragido”.