Após tiroteio em bar, mulher fica com bala alojada em braço
Vítima destaca que foi orientada pelo cirurgião devido ao fato da bala ficar alojada em meio dos nervos do seu braço direito. Até o momento, ninguém foi preso
Após ser baleada no braço durante tiroteio que assustou funcionários e clientes no Buteco do Simprão, no Setor Sudoeste, em Goiânia, a assistente social Fernanda Lopes Silva, de 39 anos, terá que conviver com a bala alojada em seu braço direito. A vítima foi orientada pelos médicos que a retirada do projétil poderia afetar o movimento do seu membro.
Segundo a assistente social, ela estava no bar, na noite do último sábado (11), na presença de um casal de amigos, uma amiga da faculdade, da mãe e do namorado. “Estávamos no estabelecimento pois o casal de amigos veio de Palmeiras de Goiás para conhecer o bar e fomos. Nos divertíamos e conversávamos, quando só ouvi um estrondo e o meu namorado me jogando, junto com a minha mãe, para embaixo da mesa”, lembra.
A mulher conta que não se lembra da confusão, pois estava sentada de costas para a janela e na frente do palco em que acontecia o show. “Eu ouvi muitas pessoas relatarem que houve um cliente expulso, que teria se exaltado pelo segurança ter ido fechar a janela e que ele estava fumando no estabelecimento, mas realmente não me lembro”, conta.
Após o tiroteio, Fernanda destaca que, ao se proteger embaixo da mesa, ela chegou a falar para a mãe que teria sido baleada. Após um tempo, eles foram para o banheiro e notou que sua blusa estava suja de sangue. “Comecei a ficar pálida, me deu um fraqueza. Meu namorado e minha mãe começaram a gritar para chamar uma ambulância. Demorou cerca de 30 minutos, pois o cara ainda estava atirando”, ressalta.
Fernanda conta que foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e foi levada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). O médico cirurgião destacou que não iria remover o projétil pois ele estava alojado entre os nervos do braço. “Ele me disse que a tentativa da retirada do projétil, poderia afetar a coordenação motora do meu braço. Ele destacou que, se no futuro eu precisasse de remover a cápsula, ela poderá ser retirado com o tempo”, relata.
Apesar do susto, Fernanda diz que gosta do estabelecimento, mas que ainda não está preparada para voltar no lugar, pois ainda lembra das cenas do tiroteio. “Lá é um ambiente familiar. Eu já fui lá diversas vezes e nunca tinha acontecido isso. Mas ainda me lembro das cenas. Tenho a sensação que ele pode voltar e fazer algo pior. Ainda não estou preparada”, desabafa.
Investigação
O delegado à frente do caso, Gilberto Ferro, do 20° Distrito Policial, destacou que não tem novidades sobre o caso. Ele ressaltou que algumas pessoas serão ouvidas hoje à tarde e que a mulher que foi vítima do disparo será incluída como parte do inquérito do tiroteio.
Caso
Segundo testemunhas relataram ao Mais Goiás, o homem estaria fumando no estabelecimento e teria se irritado pelo fato do segurança fechar as janelas, pois iria começar um show no estabelecimento. Exaltado, ele teria sido expulso pelos seguranças do local e teria ameaçado retornar para atirar no local.
Após um tempo, ele teria passado em um veículo e atirado contra o local, que estava lotado de clientes na ocasião. Segundo a Polícia Militar (PM), homem estaria em um Hyundai HB20. Devido a confusão, o estabelecimento teve um prejuízo de R$ 100 mil, sendo que R$ 64 mil seriam de comandas não pagas, segundo o advogado do estabelecimento, Welington Pereira Teles.
Por meio de nota, o proprietário do local, Allan Luís Magalhães Dutra, destaca que desconhece o autor dos disparos e repudia todo o tipo de violência. Leia a nota na íntegra.
“Deixa claro que desconhece o autor dos disparos, assim como também desconhece a motivação. Informo, que graças Deus, não houve vítimas, somente alguns arranhões devido a quebra de vidros.
A empresa confia na competência e no trabalho da Polícia Militar e Civil, acredita e espera que o crime seja esclarecido o mais breve possível e que o responsável não saia impune.
Estamos a inteira disposição de todos os clientes que estavam presentes no estabelecimento no momento do ocorrido, como também a qualquer pessoa que tenha interesse nas informações.
Repudiamos qualquer tipo de violência e aguardamos a solução do ocorrido. Informamos também que a casa estará funcionando normalmente em seus dias habituais.
Assinado: Allan Luís Magalhães Dutra, proprietário”