Aprovadas implantação de plataformas do BRT e revitalização da Praça do Cruzeiro, em Goiânia
O projeto de implantação de plataformas do BRT Norte-Sul na Praça do Cruzeiro, no setor…
O projeto de implantação de plataformas do BRT Norte-Sul na Praça do Cruzeiro, no setor Sul, na capital, foi aprovado por unanimidade em reunião do Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de Goiânia, na tarde desta quarta-feira (14).
De acordo com a Prefeitura, duas estações de embarque e desembarque serão construídas nas laterais da praça. Além disso, revitalização da Praça do Cruzeiro prevê a reforma de bancos, calçadas, renovação da iluminação e melhorias na sinalização. O projeto pretende refazer o paisagismo do local, reconstruir a fonte com um espelho d’água, além de construir um parque infantil e uma estação de ginástica.
A revitalização propõe, ainda, a restauração do Monumento ao Cruzeiro e painéis com a história do lugar devem ser instalados. A obra é avaliada R$ 800 mil.
Contestação
Apesar de ser alvo de contestação por parte do Ministério Público de Goiás (MP-GO), o projeto do local, que é tombado em âmbito municipal, recebeu parecer favorável do gerente do Fundo Municipal do Meio Ambiente e membro do Conselho, Sandro Lopes. Segundo ele, além de considerações técnicas, a decisão também pesou aspectos de responsabilidade social.
“Caso a implantação não fosse aprovada, os usuários do transporte público teriam que percorrer maiores distâncias. As pessoas teriam que andar quase um quilômetro para ter acesso a uma estação entre a Praça e a Trincheira da Rua 90, por exemplo”, afirmou.
Para ele, não só a história, patrimônio e cultura devem ser preservados, mas também a população. “Sem as estações estaríamos inviabilizando a passagem dos usuários. Em muitos casos, mães carregam filhos menores, pessoas portam objetos pesados e ainda, pessoas com deficiência passam pelo local e ficariam prejudicadas”, justifica.
Preocupação
A construção das plataformas e revitalização da Praça foi alvo de diversas discussões entre o MP e representantes da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) e Secretaria de Infraestrutura da cidade.
Em reunião no último mês, a promotora Alice de Almeida Freire manifestou preocupação com as intervenções que serão promovidas na praça. Segundo ela, é preciso garantir a preservação e o uso da praça de acordo com os aspectos legais previstos para bens tombados, garantindo que não haja destruição ou descaracterização.
No entanto, de acordo com o secretário de Infraestrutura, Dolzonan Matos, as estações não vão mudar o desenho da Praça. “Iremos fazer a colocação das estações 10 e 11. Não haverá interferência no local. As plataformas ocuparão apenas 3,5 m do passeio. A estação utilizada será semelhante à da Praça Cívica, que foi aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)”, disse.
As plataformas serão construídas nas laterais da praça. Uma delas voltada para as Ruas 88 e 86 e a outra voltada para as Ruas 87 e 89. Uma das principais diferenças da estação a ser implantada em comparação com as convencionais é a colocação de um vidro transparente que irá cobrir a parada. De acordo com Dolzonan, o objeto permitirá a visualização dos bens tombados.
A implantação deve ser iniciada nos próximos 15 dias e tem previsão de entrega para outubro deste ano. “Estamos aguardando anuência do Ministério Público Federal (MPF). Assim que tivermos parecer favorável damos início à obra”.
Revitalização