Áreas de risco para infestação de Aedes aegypti são mapeadas em Goiânia
Durante uma semana, 27 mil imóveis de todos os bairros da capital serão visitados para identificar as áreas com maior quantidade de focos do mosquito e guiar ações de combate
Durante uma semana, 520 agentes percorrerão a cidade de norte à sul para coletar os dados do Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa). A partir do registro será possível definir quais os pontos mais críticos de infestação do mosquito em Goiânia e traçar um panorama do cenário atual da cidade para guiar as ações de combate ao vetor. “O estudo é importante para planejar estratégias”, pontua a superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim.
Até o fim da próxima semana o resultado do estudo deve ser divulgado e as ações nas áreas de maior vulnerabilidade intensificadas. Criadouros disponíveis, água em abundância e calor constituem um ambiente favorável para proliferação do Aedes. Diante da circulação do sorotipo tipo 2, a SMS se prepara para um aumento das notificações de dengue na Capital. “Com mais mosquitos no ambiente, o número das doenças causadas por ele tende a crescer”, alerta a superintendente.
Números
No ano passado foram realizados três estudos sobre a infestação do Aedes aegypti em Goiânia. O primeiro, realizado em janeiro, apontou um valor de 1,39%, o que sinaliza uma situação de alerta para epidemia de doenças causadas pelo mosquito. Com a chegada do período seco, os números caíram e alcançaram os valores classificados como satisfatórios de 0,95%, em junho, e 0,31% em outubro.
Ao longo de 2017 foram notificados 33.580 casos de dengue, número que apesar de ser quase 50% inferior a quantidade de 2016 (61.089) preocupou devido a alta proporção de situações graves. “De cada mil notificações, quase duas foram consideradas de maior gravidade”, pontua Flúvia Amorim. Os óbitos por dengue chegaram a 15 no ano passado.
Já em relação à chikungunya, a preocupação se dá diante do aumento dos casos autóctones, que são aqueles que tem origem no próprio município. Das 12 confirmações, seis ocorreram em pessoas que se infectaram em Goiânia. A doença desperta o alerta das autoridades em saúde devido a vulnerabilidade da população ao vírus. Em 2017 foram notificados 85 casos da febre na Capital.