Dengue

Áreas de risco para infestação de Aedes aegypti são mapeadas em Goiânia

Com pancadas de chuva diárias e altas temperaturas, o verão é a época do ano…

Com pancadas de chuva diárias e altas temperaturas, o verão é a época do ano ideal para que o Aedes aegypti se prolifere e transmita dengue, zika e febre de chikungunya. Para se antecipar ao aumento do número de casos destas doenças, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), iniciou nesta segunda-feira (08), o mapeamento das áreas de risco para infestação do mosquito. Cerca de 27 mil imóveis de todos os bairros da Capital serão vistoriados até sexta-feira (12).

Durante uma semana, 520 agentes percorrerão a cidade de norte à sul para coletar os dados do Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa). A partir do registro será possível definir quais os pontos mais críticos de infestação do mosquito em Goiânia e traçar um panorama do cenário atual da cidade para guiar as ações de combate ao vetor. “O estudo é importante para planejar estratégias”, pontua a superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim.

Até o fim da próxima semana o resultado do estudo deve ser divulgado e as ações nas áreas de maior vulnerabilidade intensificadas. Criadouros disponíveis, água em abundância e calor constituem um ambiente favorável para proliferação do Aedes. Diante da circulação do sorotipo tipo 2, a SMS se prepara para um aumento das notificações de dengue na Capital. “Com mais mosquitos no ambiente, o número das doenças causadas por ele tende a crescer”, alerta a superintendente.

Números

No ano passado foram realizados três estudos sobre a infestação do Aedes aegypti em Goiânia. O primeiro, realizado em janeiro, apontou um valor de 1,39%, o que sinaliza uma situação de alerta para epidemia de doenças causadas pelo mosquito. Com a chegada do período seco, os números caíram e alcançaram os valores classificados como satisfatórios de 0,95%, em junho, e 0,31% em outubro.

Ao longo de 2017 foram notificados 33.580 casos de dengue, número que apesar de ser quase 50% inferior a quantidade de 2016 (61.089) preocupou devido a alta proporção de situações graves. “De cada mil notificações, quase duas foram consideradas de maior gravidade”, pontua Flúvia Amorim. Os óbitos por dengue chegaram a 15 no ano passado.

Já em relação à chikungunya, a preocupação se dá diante do aumento dos casos autóctones, que são aqueles que tem origem no próprio município. Das 12 confirmações, seis ocorreram em pessoas que se infectaram em Goiânia. A doença desperta o alerta das autoridades em saúde devido a vulnerabilidade da população ao vírus. Em 2017 foram notificados 85 casos da febre na Capital.