Arma que matou Passim não tinha registro e era usada para segurança pessoal
Polícia aguarda perícia balística para concluir investigação sobre a morte do ex-assessor do cantor Leonardo
A arma que causou a morte do ex-assessor Nilton Rodrigues da Silva, conhecido como Passim, não tinha registro e era usada para segurança pessoal, de acordo com o delegado do caso, Gilvan Borges de Oliveira. Passim era assessor do cantor Leonardo e morreu no início de março, na propriedade do artista, Fazenda Talismã, localizada em Jussara. Os investigadores acreditam que os dois disparos tenham sido acidentais.
“A arma era dele, mas não estava registrada. Ele não tinha uma função específica para usar arma, era para defesa pessoal”, explicou o delegado. Em depoimento, testemunhas confirmaram que o ex-assessor utilizava a arma para segurança pessoal, mesmo que o cargo desempenhado por ele não exigisse o equipamento.
Investigação
O delegado afirma todas as testemunhas já foram ouvidas. No entanto, os investigadores aguardam um laudo da Polícia Técnico-Científica (PTC) a respeito da bala e da arma, para conseguir concluir o caso. De acordo com a PTC, devido a complexidade do exame, o laudo demora um tempo para ficar pronto.
De acordo com a PTC, peritos vão avaliar se o disparo foi causado por um problema na arma, que teria ocasionado um tiro involuntário, ou se foi a própria vítima que acionou o gatilho e foi atingida sem querer.
Para confirmar se há algum problema com o equipamento, os peritos desmontam a arma e verificam se há alguma peça quebrada, além de outros testes. Tudo isso dentro de um ambiente simulado ao que Passim estava, para descobrir como foi feito o disparo que o matou.
Morte
A Polícia Civil estima que os tiros foram disparados por volta de 2 horas da madrugada, mas o corpo da vítima foi encontrado apenas às 12h30.
Testemunhas relataram que o cantor Leonardo sentiu falta de Passim. Mas, como não conseguiu entrar na suíte em que ele estava, mandou funcionários arrombarem a porta. Neste momento, encontraram o corpo já sem vida.
Os disparos atingiram a mão e a perna esquerda da vítima. Por estar sozinho no momento do acidente, ele não conseguiu pedir por ajuda e nem estancar o sangramento. Por isso, morreu por conta da hemorragia.