Arquitetas homenageam Cora Coralina na Casa Cor Goiás
A poetisa goiana Cora Coralina será uma das homenageadas na 21ª edição da Casa Cor…
A poetisa goiana Cora Coralina será uma das homenageadas na 21ª edição da Casa Cor Goiás, que será realizada de 12/05 à 21/6 no antigo Colégio José Carlos de Almeida, no Centro da Capital. O ambiente Sala de Cora, assinado pelas arquitetas, Náira Sá e Andréia Spessatto, pretende fazer uma releitura contemporânea do que seria uma sala de estar usada pela poetisa.
As arquitetas preparam um ambiente em cores e linhas elegantes, que mistura o estilo clássico ao contemporâneo e preparam surpresas para o ambiente. “Nosso desafio é fazer uma ponte entre o passado e o presente, traduzir a simplicidade e a profundidade de sua poesia na arquitetura”, consideram.
Nesta semana, as arquitetas se reuniram com a musicista Fernanda Albernaz, sobrinha-bisneta de Cora. O encontro serviu para buscar mais informações sobre a poetisa e sua obra, que foi reconhecida nacionalmente depois da literatura após ter sua obra elogiada por Carlos Drummond de Andrade em 1980. As profissionais também foram até a Cidade de Goiás, terra natal de Cora, para buscar referências e inspiração para o ambiente que preparam.
Um pouco sobre Cora
Vinda de uma família tradicional de pessoas cultas Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, dizia sempre que se considerava mais doceira do que escritora. Mas mesmo assim a sua obra foi bem além das folhas de caderno que usava para anotar seus versos. Cursando apenas a terceira série primária, Cora Coralina foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Juca Pato, em 1983, com o livro “Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha”.
Aos 70 anos, decidiu aprender datilografia para preparar suas poesias e enviá-las aos editores. Embora o sucesso tenha vindo já com uma idade avançada, Cora começou a escrever poemas e contos ainda aos 14 anos. Apesar de cultivar hábitos de uma vida simples do interior, a poetisa demonstrou em sua obra e em suas opiniões que era uma mulher à frente de seu tempo. Na cidade de Goiás, ao vender seus doces de casa em casa sempre recitava suas poesias