Arquivamento do caso de Padre Robson não afetará auditoria realizada na Afipe
Entidade também afirmou que vai manter reforma administrativa, implantação de governança e demais ações em andamento na Associação
Mesmo após o arquivamento de ação criminal contra o ex-presidente da Associação Filhos do Divino Pai Eterno (Afipe), Padre Robson de Oliveira, a entidade disse que vai continuar com o trabalho de auditoria e reforma administrativa. A instituição também vai manter implantação de governança para o “renascer” do local.
Na tarde de terça-feira (6), o desembargador Nicomedes Domingos Borges, acompanhado por unanimidade pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás, arquivou a ação do Ministério Público (MP-GO) contra o padre Robson, no âmbito da Operação Vendilhões. De acordo com a sentença, ficou reconhecido que não houve qualquer ilicitude praticada pelo religioso.
Em nota enviada ao Mais Goiás, a Associação salientou que a manutenção da auditoria e reforma administrativa são ações fundamentais para o “renascer da Nova Afipe”. O objetivo, segundo o texto, é que a entidade “ continue cumprindo com sua principal missão que é evangelizar e manter suas ações sociais, a obra da nova Basílica em Trindade e a TV Pai Eterno”.
Ainda de acordo com o texto, o mais importante é a confiança do devoto do Pai Eterno nas ações da entidade “e na transparência que a atual gestão defende e trabalha”. A reportagem buscou informações com a entidade acerca do possível retorno de padre Robson à Associação, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.
Questionada sobre a volta do padre à Basílica de Trindade, a Arquidiocese de Goiânia disse que irá se pronunciar em momento oportuno. Na terça-feira (6), logo após a decisão de arquivamento da ação criminal, a assessoria do padre Robson afirmou que o retorno tanto na igreja quanto na Afipe depende de decisões internas de ambos locais.
No mesmo dia, a assessoria do padre reforçou que o religioso sempre se dispôs a esclarecer toda e qualquer dúvida sobre a sua atuação na Associação Filhos do Pai Eterno ou em qualquer outro âmbito de evangelização. De acordo com a defesa do religioso, houve uma exposição desnecessária do padre.
Relembre
Padre Robson era investigado no âmbito da Operação Vendilhões. Esta foi deflagrada pelo MP-GO para investigar o religioso por supostos crimes de apropriação indébita, lavagem de capitais, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica junto a dirigentes da Afipe.
No dia 21 de agosto, logo após a operação ser deflagrada, o padre pediu afastamento das funções da Basílica de Trindade e da Afipe.
O MP apurava desvios de R$ 120 milhões de doações de fiéis. À época, em decisão expedida pela juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, a magistrada destaca no seu relatório que os supostos crimes teriam sido cometidos por uma organização criminosa integrada pelo padre Robson de Oliveira Pereira e pessoas de sua confiança.
Nota da Afipe:
A Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), continuará o trabalho de auditoria, reforma administrativa, implantação de governança e demais ações que estão em andamento na associação. Tais medidas são fundamentais para o renascer da Nova Afipe e para que a entidade possa continuar cumprindo com sua principal missão que é evangelizar e manter suas ações sociais, a obra da nova Basílica em Trindade e a TV Pai Eterno. Sendo, o mais importante, a confiança do devoto do Pai Eterno nas ações da entidade e na transparência que a atual gestão defende e trabalha.