ARTES

Artistas regionais criam frente para defender cultura em Goiás

Principal objetivo do grupo é combater o desmonte de equipamentos públicos estaduais destinados às artes visuais

(Foto: Caio Reisewitz)

Artistas goianos de diversos segmentos criaram a Frente de Defesa das Artes-GO, com o intuito de enfrentar o que chamam de ‘desmonte cultural no Estado’ causada pela crise na Secretaria de Estado de Cultura de Goiás (Secult-GO). A partir desta quarta-feira (20) o grupo dá início a várias ações, como o envio de uma carta aberta ao governador Ronaldo Caiado (DEM).

O principal objetivo dos artistas é combater o desmonte de equipamentos públicos estaduais destinados às artes visuais. O coletivo é formado por artistas visuais, críticos de arte, professores universitários, designers, arquitetos, estudantes e outros profissionais da arte.

O grupo também visa a criação de um programa de ações que incluem campanhas nas redes sociais, com depoimentos e vídeos, promoção do debate e da reflexão sobre os equipamentos de artes visuais no Estado, desenvolvimento de programas de exposições e intervenções artísticas, além da política cultural do atual governo.

A carta ao governador será enviada nesta quarta (20). De acordo com o grupo, “a atual política é danosa para as artes em Goiás”. O documento, segundo os artistas, irá expor os motivos da criação da Frente, além de reivindicarem a manutenção das atividades originais do Centro Cultural Octo Marques. Na carta, o coletivo também requer o retorno do Museu de Arte Contemporânea de Goiás.

“Espaços culturais com mais de 30 anos jogados ao chão. Depois do desmonte, vem o levante!” lê-se em uma das publicações do grupo do Facebook.

Posicionamento

Em conversa com o Mais Goiás, a chefe de gabinete da Secult Goiás, Leila Soares, disse que não existe desmonte de equipamentos públicos estaduais destinados às artes visuais.

“Muito pelo contrário. O governo está expandido e democratizando a cultura. Todas as galerias continuam existindo e funcionando normalmente. O que acontecerá no Centro Cultural Octo Marques, por exemplo, será apenas a inclusão de outras ações. O momento é de ampliar e remanejar os trabalhos, não de desmonte” diz.

Leila afirma que as mudanças estão acontecendo para a expansão e democratização da cultura no Estado. “Hoje mesmo estamos em Jataí conhecendo a realidade cultural na cidade, e faremos o mesmo em diversas regiões. A secretaria vai atuar na base em todos os municípios, fomentando a cultura em todo Estado” acrescenta.

Segundo a chefe de gabinete da Secult, a secretaria ainda não recebeu nada formalmente da Frente de Defesa das Artes-GO. “Estamos abertos à comunicação, a liderança que quiser nos procurar, estamos à disposição” finaliza.