A importância do diagnóstico precoce de câncer de próstata é pauta do Mais Goiás.doc
Documentário mostra a importância do exame e diagnóstico precoce
A campanha mundial Novembro Azul foi criada com o intuito alertar a sociedade sobre o a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata e para quebras os tabus que existem acerca do exame de toque retal. O Mais Goias.doc, projeto documental do Mais Goiás, buscou médicos urologistas e oncologistas, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e Bory Silva Jácomo – vítima de câncer de próstata para esclarecer a população acerca da doença.
O médico urologista Antônio de Morais Júnior explica que há três fatores de risco que acometem o câncer de próstata: histórico familiar, obesidade e, por questões genéticas, os afrodescendência. Segundo ele, pessoas que ingerem muita gordura animal também têm alto risco de desenvolver a doença. “O fator idade também contribui para incidência. 75% da doença atinge homens com 65 anos ou mais”, acrescenta.
Antônio Teles, médico oncologista e de cuidados paliativos, diz que a obesidade, álcool e fumo também são os grandes vilões. “A doença é muito agressiva, principalmente quando acontece em pacientes mais jovens. Ela se espalha para os ossos, fazendo o paciente sofrer muito. O final de vida de um paciente que vai morrer de câncer de próstata é muito sofrido”, ressalta.
Conforme explicou o Antônio de Morais Júnior, a prevenção é essencial no tratamento da doença. “O diagnóstico no início da doença tem 90% de chances de cura e 10% de mortalidade. Se está na fase de metástase, as chances de cura diminuem para 70%”, ressalta ao Mais Goiás.doc.
E isso se dá através do exame de toque real e do exame de sangue PSA, que se complementam. “Tem exame de toque retal que está normal, mas o PSA não está. O inverso também acontece”, completa Antônio Teles.
O toque retal é um tabu entre os homens e, por isso, muitos deixam de fazê-lo. Antônio de Morais Júnior ressalta que exame não viola a masculinidade do paciente. Ele explica que dura cerca de 10 segundos e é indolor.
Ticiane Peixoto, gerente de atenção primária da SES, revela que em Goiás, em 2019, foram registrados 990 casos de câncer de próstata. Em 2020, em razão da pandemia, foram registrados 683 casos, uma redução de 30%. Para ela, isso é preocupante, pois muitos pacientes que deixaram de ir ao médico por conta da Covid-19 podem descobrir a doença em estado avançado.
Venceu o câncer de próstata
“Eu tinha um receio de fazer o exame [de toque], mas foi tranquilo. Nada que me afetou psicologicamente”, relembra o representante comercial Bory Silva Jácomo, de 52 anos, que recebeu o diagnóstico de câncer de próstata em 2019.
Ele conta que sempre fez acompanhamento com cardiologista e, dentre a bateria de exames, fazia o PSA frequentemente. Em uma das consultas de retorno daquele ano, o teste deu uma alteração e seu médico o encaminhou a um urologista.
Dias depois do diagnóstico ele passou pela cirurgia de retirada da próstata. Desde então, o câncer não reincidiu e hoje ele faz acompanhamento com o médico urologista de 6 em 6 meses. “Meu conselho é o seguinte: o preconceito mata”, sinaliza Bory, convocando os homens para fazerem acompanhamento anual.
Assista ao documentário completo: