INQUÉRITO CONCLUÍDO

Assassino confesso de Luana Marcelo é indiciado também pela morte da menina Thaís Lara

A Polícia Civil indiciou o servente de pedreiro Reidimar Silva Santos pela morte da estudante…

A Polícia Civil indiciou o servente de pedreiro Reidimar Silva Santos pela morte da estudante Thaís Lara da Silva. A garota desapareceu em agosto de 2019, aos 13 anos de idade. Reidimar está preso desde o dia 29 de novembro, em função da morte de outra menina, a também estudante Luana Marcelo Alves, de 12 anos. As duas vítimas moravam no mesmo bairro do indiciado, no Setor Madre Germana II, em Goiânia. O caso de Thaís foi reaberto pela Polícia Civil após Reidimar ser preso ao confessar ter assassinado Luana.

O inquérito foi encaminhado para o Judiciário na sexta-feira (3). Conforme informado pela polícia, o servente foi indiciado por homicídio duplamente qualificado pela morte de Thaís. Crime configura morte causada de forma cruel, sem permitir a defesa da vítima. Além disso, ele também foi indiciado por ocultação e vilipêndio de cadáver. Isso porque, embora exista a suspeita de que Reidimar tenha estuprado Thaís, a polícia afirma que o abuso não foi confirmado ao ponto de ser adicionado no indiciamento

A delegada Ana Paula Machado, do Grupo de Investigação de Desaparecidos da Polícia Civil, destacou em seu relatório final que o laudo pericial constatou a segmentação do corpo da vítima por meio de uso de força, com diversos golpes até fraturar os ossos dos membros superiores e inferiores, na altura dos braços, antebraços e coxas. Reidimar, ao confessar o crime para a polícia, não havia comentado sobre isso.

O relatório final, realizado pela delegada Ana Paula Machado, do Grupo de Investigação de Desaparecidos da Polícia Civil, destacou informações obtidas através do laudo pericial, que Reidimar não havia mencionado na confissão do crime para a polícia. Entre elas está a constatação da segmentação do corpo da vítima por meio de uso de força. Ou seja, o servente de pedreiro efetuou diversos golpes contra a menina, até que fossem fraturados ossos dos membros superiores e inferiores, na altura dos braços, antebraços e coxas.

Assassino confesso

No dia 11 de janeiro, Reidimar admitiu ter matado Thaís em agosto de 2019. O crime ocorreu no dia que a menina desapareceu após ir para uma feira no Madre Germana, no fim da tarde.

Em seu depoimento, Reidimar contou que três meses antes do crime voltou a usar crack. Também informou que uma semana antes do homicídio, Thaís apareceu na porta de sua casa atrás do filho dele. A criança na época tinha apenas quatro anos de idade e a estudante demonstrava afeição por ela. Naquela data, Thaís e o menino andaram por cerca de 10 minutos na rua.

Ainda na confissão, Reidimar contou que no dia do crime estava sob efeito de droga. Disse que Thaís atravessou o portão e perguntou pelo filho dele. A criança não estava e, então, ela o teria questionado se era verdade a história que contavam sobre ele, de ser um estuprador. Ao ouvir a pergunta de Thaís, o servente diz que ficou muito nervoso e a segurou pelo pescoço, asfixiando-a até a morte.

O acusado também contou que primeiramente enrolou o corpo em um lençol e pensou em jogar pelo muro, mas estava bastante debilitado pelo uso do crack, preferindo colocar uma fossa e queimá-lo.

De acordo com a polícia, a confissão foi fundamental para a resolução do caso, visto que nenhuma das 14 testemunhas ouvidas conseguiram apontar uma relação entre o suspeito e a vítima. Além disso, no dia do desaparecimento os dois não haviam sido vistos juntos.

Quando Reidimar revelou ter matado Thaís, a polícia só tinha levantado que ambos se conheciam nas redes sociais e que o primeiro depoimento dele tinha importantes contradições.