JUSTIÇA

Associações de jornalistas assinam carta contra adiamento do júri do caso Valério Luiz

Sete associações assinaram carta para que não haja um novo adiamento do julgamento do caso…

Sete associações assinaram carta para que não haja um novo adiamento do julgamento do caso Valério Luiz, nesta terça-feira (15). O tribunal do júri, que estava previsto para segunda-feira (14), foi adiado porque o defensor de Maurício Sampaio (um dos acusados pela morte do jornalista), Ney Moura Teles, renunciou à defesa.

Para o filho da vítima, Valério Luiz Filho, a renúncia de Ney foi protelatória e uma manobra. O advogado de Sampaio, por sua vez, disse ao Mais Goiás que apresentou a renúncia em 3 de março, diferente da fala do juiz Lourival Machado da Costa à imprensa, que falou em 11 de março. Segundo o defensor, que nega qualquer artimanha, ele deixou o caso por divergências com o cliente, mas não especificou. Além disso, afirmou ser uma decisão prevista em lei.

Assinam o documento contra novos adiamentos: Artigo 19, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação Profissão Jornalista (APJor), Instituto Vladimir Herzog, Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores e Repórteres Sem Fronteiras.

“As organizações aqui signatárias, referências na luta pela garantia da liberdade de expressão e de imprensa no Brasil e no mundo, vêm reforçar a necessidade de que o julgamento do assassinato de Valério Luiz efetivamente ocorra, sem novos adiamentos ou atrasos, para que finalmente possa trazer justiça à família da vítima e representar um marco no combate à impunidade em crimes contra comunicadores no país”, diz o último parágrafo do documento divulgado por Valério Filho.

Já o filho do jornalista escreveu: “Em virtude de mais esse percalço, organizações que têm acompanhado o andamento do caso emitiram carta pugnando para que não haja novo adiamento.”

Confira o texto na íntegra AQUI.

Relembre o caso Valério Luiz

O crime ocorreu em julho de 2012. Segundo o Ministério Público, Valério foi morto em razão de críticas que teriam desagradado o empresário Maurício Sampaio, à época ligado à direção do Atlético Goianiense.

Os denunciados são: Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, Djalma Gomes da Silva, Marcus Vinícius Pereira Xavier, Maurício Borges Sampaio e Urbano de Carvalho Malta.