Ato pela paz reúne educadores após agressão contra diretora em CMEI de Goiânia
Profissional barrou entrada de criança com febre na creche e acabou sendo agredida pela mãe
Educadores se reúnem em um ato pela paz a ser realizado no CMEI do Jardim Primavera, em Goiânia. Iniciativa ocorre depois que a mãe de um aluno agrediu a diretora da unidade por ter barrado a entrada do filho, que apresentava quadro febril. O objetivo do evento, que tem participação de demais trabalhadores da área da Educação municipal, é conscientizar a comunidade sobre a necessidade de preservação da cultura do diálogo.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SME), o ato simbólico é essencial para despertar a comunidade para a importância do respeito ao trabalho desenvolvido pelos profissionais de Educação
“Atos de violência são inadmissíveis em quaisquer ambientes. Situações que ultrapassem o limite do diálogo devem ser repudiadas com veemência”, pontua o secretário de educação da capital, Wellington Bessa. “Por isso, propusemos esse ato simbólico no Cmei Jardim Primavera para conscientizar a comunidade sobre a importância de respeitar os trabalhadores responsáveis por formar as futuras gerações”, diz.
Diretora agredida por mãe de aluno
O caso de violência foi registrado na unidade de ensino nesta segunda-feira (29). Uma auxiliar de atividades educativas constatou que um dos meninos estava com febre e, ao orientar a mãe a levar o filho para uma unidade de saúde, a mulher passou a ofender a funcionária.
Na tentativa de controlar a situação, a diretora Paula Roberta da Silva também foi falar com a mãe da criança. Porém, a mulher ficou ainda mais agressiva e agrediu a profissional com chineladas. Mesmo sendo contida por funcionários do Cmei e outras testemunhas, a investigada ainda ameaçou Paula de morte.
A diretora gravou o momento da agressão e procurou o 22º Distrito Policial para registrar boletim de ocorrência. Ambas as mulheres foram ouvidas.
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Em entrevista ao Mais Goiás, Paula afirma que ficou extremamente chateada com a situação. “Quero trabalhar com dignidade, respeito, segurança e quero o mesmo para os servidores do Cmei. Eu não dormi desde ontem, estou tremendo muito, o corpo todo dói, o choro não passa”, desabafa.
O portal não conseguiu contato com a mãe do aluno para que ela pudesse dar a sua versão da história. O espaço está aberto.