Atuação da Força Nacional é prorrogada em Goiás e mais quatro estados
Prorrogação será feita por mais 180 dias. Goiânia apresentou redução de 34,5% nos casos de homicídio doloso; confira outros dados
Nesta sexta-feira (27), o Ministério da Justiça autorizou a prorrogação do trabalho da Força Nacional de Segurança Pública em Goiás. A prorrogação também se estende aos estados do Pará, Espírito Santo, Pernambuco e Paraná e será feita por mais 180 dias, com término em 24 de junho de 2020.
Segundo dados do Ministério, após a implantação da Força Nacional, Goiânia apresentou uma redução de 34,5% nos casos de homicídio doloso. Entre 1º de janeiro a 7 de dezembro de 2018, foram 377 casos registrados, contra 247 no mesmo período em 2019.
O comparativo foi realizado, também, nos crimes relacionados a roubo na capital. Foram 20.818 casos no ano passado e 12.601 em 2019, com redução de 39,5%.
Somando os dados dos cinco estados, foram instaurados 141 inquéritos, realizadas 337 operações integradas e 425 mil ações preventivas. Foram cumpridos 408 mandados de prisão e apreendidas 174 armas de fogo e mais de 17 toneladas de drogas. Ao todo, os agentes abordaram 249 mil pessoas e fiscalizaram mais de 3 mil alvarás.
Segundo o Ministério da Justiça, o apoio da Força Nacional tem foco no projeto Em Frente Brasil – Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta, para atuar nas ações de policiamento ostensivo e nos serviços relacionados à preservação da ordem pública.
Histórico em Goiás
Os integrantes da Força Nacional começaram a atuar em Goiás no dia 30 de agosto de 2019. Goiânia foi a única capital contemplada na primeira fase do projeto e recebeu 100 agentes. Desses, 20 atuaram na investigação de crimes não solucionados e outros 80 reforçaram o patrulhamento ostensivo em bairros da região Noroeste.
Em 2014, também houve atuação da Força Nacional no estado. No dia 2 de setembro daquele ano, o Governo Federal determinou a continuação da ação em Goiás. À época, o ministro José Eduardo Cardozo disse que foi considerada a manifestação expressa do então governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).