Atuação de serial killer em Goiânia não é descartada, diz delegado
Por determinação do governador Marconi Perillo (PSDB), a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP)…
Por determinação do governador Marconi Perillo (PSDB), a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) dobrou o efetivo de investigação dos homicídios contra mulheres praticados por motociclistas nos últimos dias. Delegados do interior do Estado vão reforçar as investigações a partir dessa semana e a atuação na área de inteligência terá a participação de pelo menos mais 50 policiais civis.
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As investigações, segundo a Polícia Civil, mostram que as características das motocicletas usadas nos crimes e a aparência física dos autores diferem muito entre si, o que reforça a percepção de que não se trata da atuação de um serial killer. “Nós temos a convicção de que não é uma única pessoa (a matar as vítimas), mas também não podemos excluir essa possibilidade por completo, porque ainda estamos investigando”, afirmou ontem em entrevista o delegado Murilo Polati, titular da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH).
O delegado disse ainda que a apuração mostra que os autores dos crimes agiram com base em motivações diversas, boa parte relacionada a conflitos amorosos ou tráfico de drogas, mas alerta para o fato de que parte dos assassinos se valeu dos boatos sobre a existência de um serial killer para cometer crimes com características semelhantes.
Polatti disse que a Polícia Civil está atuando com rigor para desvendar os crimes, mas afirmou que eles são de alta complexidade. “São casos de extrema complexidade que não dependem só da polícia. Somos dependentes de laudos do Instituto de Criminalística e representações no Poder Judiciário que podem demorar a ser acatadas”, afirmou o titular da Delegacia de Investigação de Homicídios, em entrevista coletiva no início da tarde.
O superintendente da Polícia Judiciária da Polícia Civil de Goiás, delegado Deusny Aparecido, que também participou da entrevista coletiva, disse que os delegados do interior que serão deslocados para a capital vão se concentrar na apuração dos homicídios de 29 mulheres registrados desde o início do ano na capital. A Polícia Civil não quis informar quantos delegados estão sendo convocados, mas a reportagem apurou que são cerca de 10 profissionais.
Segundo o delegado Polati, dos 40 casos de homicídios contra mulheres registrados em Goiânia neste ano, 11foram solucionados até o momento – o índice de solução está acima da média nacional de 10%. Esses homicídios incluem casos em que os autores estavam em motocicletas pretas e outros com dinâmicas de crimes diferentes.