Audiência Pública defende manutenção de Campus da UEG em Sanclerlândia
Unidade pode ser fechada por decisão da equipe econômica do governo
O redesenho institucional da Universidade Estadual de Goiás (UEG) continua gerando repercussão nas cidades que abrigam um campus da instituição. Dessa vez foi o município de Sanclerlândia, que está na lista dos que podem ter a unidade fechada. Uma audiência Pública, na última sexta-feira (21), reuniu deputados e políticos da região para debater o tema na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
A audiência foi promovida pelo deputado estadual Antônio Gomide (PT), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas. O objetivo oi discutir ações que garantam a permanência do campus na cidade.
O petista acredita que qualquer mudança na UEG deve ser para avançar no serviço prestado. Ele acredita que a universidade deve levar cursos que se adequem ao perfil econômico da região. E que esse processos deve levar em conta a opinião das pessoas da cidade. “Quem vai fazer a defesa é a comunidade. Aceitamos o redesenho se for para melhorar”, disse.
A audiência contou com a presença do prefeito da cidade, Itamar Leão (PSDB), bem como a de vereadores de Sanclerlândia e de municípios vizinhos. Itamar ressaltou o papel que a unidade tem para a região e a necessidade de usar a educação como instrumento do desenvolvimento. “O estado se desenvolve com o conhecimento. E a UEG precisa continuar prestando esse auxílio em Sanclerlândia”, disse o tucano.
Ampliação e participação
O diretor do campus, Leônidas José de Oliveira, afirmou que cerca de 2 mil alunos já se formaram no município. E que é preciso ampliar a universidade ao invés de reduzi-la. “A luta precisa ser em torno de mais investimentos e cursos e não pela manutenção da universidade nos municípios avaliados como menores”, ressaltou.
Também esteve presente na audiência o estudante de história do campus Cora Coralina, da UEG na cidade de Goiás, Lucas Pereira. Ele reforçou a importância da participação da comunidade acadêmica nesse tipo de decisão. “A luta pela UEG é de todos nós e não pode ser levada de forma individual. Só conseguiremos fortalecer a UEG se estivermos unidos e com direito de participação nas decisões da universidade garantidos”.
Redesenho
Durante o último Conselho Universitário (CsU) da UEG, realizado em maio, a reestruturação da instituição estava em pauta, mas não foi votada. Os conselheiros presentes aprovaram a construção de um novo projeto. Ele deve levar em consideração a proposta anterior, mas deve estabelecer novos critérios, elencados pela comunidade acadêmica.
O primeiro estudo foi realizado por uma comissão de nove servidores da universidades. A equipe levantou a possibilidade de fechamento dos campus nas cidades de Silvânia, São Miguel do Araguaia, Campos Belos, Crixás, Edéia, Niquelândia, Pirenópolis, Sanclerlândia, Goianésia, Itapuranga, Jataí, Jussara, Mineiros, Senador Canedo e Minaçu.
O motivo dessa avaliação de permanência é uma determinação da equipe econômica do Governo de Goiás. Segundo o documento, todos os órgãos precisam reduzir em 20% a estrutura das pastas. O objetivo é superar o déficit financeiro nas contas públicas e aumentar a eficiência.