Audiência pública na Assembleia debaterá financiamento cultural em Goiás
Debate ocorrerá nesta terça-feira (13) com deputado propositor, equipe de transição do novo governo e secretarias da fazenda e educação
Com o objetivo de debater os desafios da produção cultural em Goiás, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Assembleia Legislativa de Goiás, presidida pelo deputado estadual Karlos Cabral (PDT), promoverá nesta terça-feira (13), às 9h, na sala das comissões Solón Amaral, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), a audiência pública “Financiamento das Políticas Culturais em Goiás”.
O debate sobre cultura envolverá o conjunto de artistas e produtores culturais goianos. Para o deputado, a ação é fundamental para avançar a política de cultura no estado, que possui enorme potencial mas enfrenta desafios.
“Este momento político é propício para avaliação da legislação vigente, como a Lei Goyazes e o Fundo Estadual de Cultura. Convidamos a população e o poder público para debater a cultura como ferramenta de emancipação e gerador econômico. Vamos discutir como ficará no novo governo, por isso convidamos a equipe de transição, a Secretaria da Fazenda (Sefaz), e da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce)”, comentou Cabral.
O sócio-fundador da Monstro Discos, Leonardo Monteiro, disse que a agenda cultural do estado está comprometida, sobretudo nesse ano 2018.
“Uma série de projetos não receberam verba. Amanhã vamos discutir políticas culturais e cravar uma pauta de discussão. A pretensão é sair da audiência com um resultado final e tentar mostrar pra sociedade como tem funcionado, ou não, os mecanismos culturais em Goiás”, ressaltou.
Leonardo ainda ressalva as complicações da agenda cultural no estado. “O fundo de cultura deste ano ainda não foi lançado ate agora, e estamos praticamente no fim de 2018. É uma gestão que está deixando muito a desejar pelo ponto de vista de planejamento e execução”, completou.
O fundador da Monstro Discos entende o momento de crise do país e do estado mas alega que “uma verba precisa ser cumprida pois é uma parte dos compromissos do governo”, concluiu.
Norval Berbari, presidente da SemNome CiaTeatro, conta como surgiu a proposta da audiência. “Após várias ações de mobilização na Sefaz, na Seduce e no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, buscamos o presidente da comissão de educação e cultura, Karlos Cabral, e o apoio do legislativo para que tomassem conhecimento da situação”, narrou.
De acordo com Norval, os produtores e fazedores de arte e cultura de Goiás estarão no debate. “Estamos lutando pelo recebimento do fundo. Foram convidados os representantes das secretarias e da Goyazes e das pastas veiculadas que possuem qualquer ação direta nesses programas”, apontou.
Sobre os resultados provenientes da audiência, Norval desconhece as providencias que serão tomadas. “Tudo depende de como sera o debate. É uma ação para tentarmos receber esses quase 32 milhões estancados, com valores de parcelas de 2015, 2016 e 2017”, finalizou.
Em setembro deste ano artistas e produtores reivindicam pagamento de recursos de Fundo Cultural estadual. Sem dinheiro, agendas têm sido canceladas. O dinheiro deveria sair do Fundo Artístico Cultural (FAC), e após diversas oportunidades de diálogo e negociações, os recursos represados provocar o cancelamento de shows, espetáculos teatrais entre outras formas de manifestação cultural.
*Fabrício Moretti é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo