Aulas presenciais em agosto: clima é de incerteza no ensino público e privado
Motivo da incerteza é o decreto que determina o isolamento intermitente, estilo 14x14
O decreto que estabeleceu regras mais rígidas de isolamento social em Goiás alimentou a sensação de incerteza nas redes pública e particular de ensino, que se preparam para o retorno das aulas presenciais em agosto. Há donos de escola, diretores e professores que acreditam que, por orientação do governador Ronaldo Caiado (DEM), a Secretaria Estadual de Saúde vai prorrogar a vigência da portaria que proíbe escolas de receberem alunos para aulas presenciais.
O meio escolar – público e privado – tenta construir um protocolo que viabilize o retorno às atividades presenciais em agosto. Uma das opções, como já foi noticiado pelo Mais Goiás, é criar um rodízio de alunos, em que cada turma assiste a aulas presenciais em um dia da semana. A secretária Fátima Gavioli disse, à época, que a expectativa, caso o modelo fosse aprovado, era de que as aulas na rede estadual retornassem no dia 4 de agosto.
Ocorre que, com a quarentena em que há o revezamento entre comércio fechado e comércio aberto a cada intervalo de 14 dias, a data 4 de agosto vai cair no intervalo em que o comércio deve estar fechado. As escolas, só poderiam abrir no dia 14 de agosto, que cairá em uma sexta-feira.
O presidente do Sindicato de Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sepe), Flávio Roberto de Castro, afirma que a elaboração do plano de retomada das aulas pressenciais prevê a aquisição de equipamentos de segurança para todos os colaboradores, distanciamento entre alunos e outras série de medidas. Ele diz que a volta às aulas só vai acontecer no momento quando estabilizar a curva de registro de novos casos.
“Até o momento, não há nenhuma manifestação da Secretaria Estadual de Saúde. O que sabemos é que as aulas estão suspensas até o próximo dia 31 de julho. Até o final do mês, os protocolos devem ser analisados e, caso haja segurança, e principalmente, as escolas públicas consigam se adaptar nessas mudanças, saberemos se vamos voltar ou não”, diz Flávio.
A Secretaria Municipal de Educação de Goiânia afirma que a volta as aulas “depende, principalmente, da segurança sanitária e epidemiológica de servidores e alunos.” Além disso, a pasta ressalta que o decreto não estabelece data para retorno das aulas presenciais, nem as diretrizes que foram recentemente estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC). “Como já largamente informado pela Pasta, já estão sendo finalizados protocolos de segurança e planejamento estrutural, pedagógico e de acolhimento que nortearão um retorno seguro às aulas presenciais. A SME destaca, ainda, que todas as providências são avaliadas pelas autoridades sanitárias estaduais e municipais”, finaliza o texto.