EDUCAÇÃO

Reitor diz que aulas semipresenciais na UFG a partir de setembro exige investimento

Ação Civil Pública pede implantação de modelo parcial até o final de setembro deste ano

Apesar de retorno, reitor da UFG vê aulas remotas como algo que veio para ficar (Foto: divulgação/UFG)

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) pediu na última terça-feira (3), em ação Civil Pública para que a Universidade Federal de Goiás (UFG-GO), implante o ensino parcialmente presencial, com retorno das aulas no modelo estabelecido até o final de setembro deste ano.

Segundo ação do MPF, intuito é não comprometer o calendário escolar “uma vez que o ensino totalmente remoto não mais se justifica, de acordo com ação, em razão do calendário estadual de vacinação”. A previsão do Governo do Estado de Goiás, até setembro de 2021, a vacinação alcançará a população na faixa etária de 18 anos.

Ao Mais Goiás, o reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG-GO), professor Edward Madureira, disse que a instituição ainda não foi notificada oficialmente à respeito da ação do MPF. “Não fomos notificados oficialmente ainda, pelo menos até hoje pela manhã. Sabemos dessa ação pela imprensa. Nós ainda não examinamos com toda profundidade, mas estamos preparando a nossa resposta, embora não conheçamos o inteiro teor. Parcialmente presencial já está desde novembro do ano passado. Muitas atividades como aulas práticas presencias em diversos cursos”, afirma.

“Temos todo um planejamento para isso, porque não é simples fazer essa transposição. Um semestre que já está predominantemente planejado de forma remota, como é esse que começou na semana passada e vai até novembro, não é simples”, completa o reitor.

Na avaliação do reitor, é preciso que haja um investimento maior para que as aulas retornem na forma que é estabelecida pela ação do MPF. “Pelo que vi da ação, ela fala de utilizar plataformas multimodais, fala em sala de aulas com parte da turma assistindo presencial e parte em casa. Para fazer isso exige uma adequação de estrutura com câmeras inteligentes, microfones de lapela, lousa digital. Isso depende de investimentos e licitação“, destaca.

“Acho que é mais racional investimos em aumentar as aulas práticas presenciais e aquilo que pode ser remoto com menor prejuízo da qualidade ser mantido de modo remoto”, diz o reitor completando que a ideia é ir aumentando gradativamente essas aulas presenciais.

“Não quero dizer que tenhamos que esperar 100% de estudantes vacinados para poder voltar, acho que é uma combinação. Um percentual maior de estudantes vacinados, condições epidemiológicas de transmissão e de leitos hospitalares menores e de forma consistente. Não precisa ser absoluto, mas um número que dê segurança”, avalia.