Saúde

Aumento de ISTs como a Sífilis deixa autoridades de Goiânia em alerta

Casos da doença aumentaram 23,63% entre 2017 e 2018. Em todo o estado o aumento é de 29,31%.

Foram testadas 15 mil pessoas em todas as regiões do país

O aumento de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) tem preocupado as autoridades de saúde de Goiânia. O boletim epidemiológico de Sífilis de 2019, produzido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), mostra que os casos da doença em Goiânia aumentaram 23,62% de 2017 para 2018.

Apesar de alarmante, o percentual ainda está abaixo da média do estado. Em Goiás foram registrados 4.994 casos em 2018, contra 3.862 em 2017. O aumento no período foi de 29,31%.

Já os casos de HIV/Aids apresentaram uma leve queda. O boletim específico da doença apontou para a redução dos casos de HIV positivo. Em 2018 foram registrados 633, contra 653 do ano anterior, o que representa uma queda de 3,06%. Em todo o estado a queda foi menor: 1.549 casos em 2018 contra 1.562 em 2017. Uma redução de 0,83%.

Já nos casos de Aids (quando o vírus HIV se manifesta) o número aumentou em Goiânia. Foram 176 casos em 2017 e 190 em 2018, o que representa um aumento de 7,95%. Em Goiás foram registrados 550 casos em 2017 e 492 em 2018, uma queda de 10,54%.

Alerta

O aumento dos casos levou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital a lançar um alerta de prevenção. A pasta informa que é possível realizar testes rápidos de ISTs em 74 unidades de saúde. A previsão é que, até março de 2020, todas as unidades básicas possam fazê-lo.

Os testes rápidos são capazes de fazer o diagnósticos de ISTs em menos de uma hora. Eles podem detectar Sífilis, HIV e as Hepatites B e C. De acordo com a SMS, este tipo de teste está disponível em 74 unidades de saúde, com previsão de expansão para todas as unidades básicas até março de 2020.

Além dos testes rápidos, é possível diagnosticar outras ISTs nas unidades básicas de saúde. É o que garante a gerente de doenças e agravos transmissíveis da SMS Goiânia, Sara Fleury Lobo. “Qualquer Unidade Básica de Saúde pode realizar o diagnóstico das IST’s com base na anamnese, identificação das diferentes vulnerabilidades e exame físico. Quando indicado, deve-se proceder a coleta de material biológico para realização de testes laboratoriais ou rápidos”.

Prevenção contra IST

Segundo a médica infectologista do Centro de Referência em Diagnostico e Terapêutico (CRDT) Heloina Claret, o uso do preservativo é a forma mais eficaz para prevenção. ‘’A melhor forma de prevenção, sem dúvidas, é usar o preservativo. Outro ponto é que uma pessoa infectada que está em tratamento regular fica com a carga viral indetectável e nesta situação ela não vai transmitir a infecção. Então, essa também é uma forma de diminuir o risco e aumentar a prevenção’’, explica.

Com informações de SMS.