Atirador

Autor de atentado em imobiliária de Ipameri não recebeu ordem de despejo, aponta PC

Idoso de 61 anos pode ter tido um surto psicótico. Ele também feriu funcionária de um supermercado

Autor de atentado em supermercado se mata com tiro na cabeça, em Ipameri (Foto: Reprodução)

Valdivino Cordeiro dos Santos, autor de um atentado em imobiliária e supermercado de Ipameri, não recebeu ordem de despejo da casa onde morava e ateou fogo, segundo informações da Polícia Civil. O idoso de 61 anos matou duas pessoas e baleou outras duas no último dia 12 de agosto. Depois, atirou contra a própria cabeça em frente a um órgão público da cidade, ao ser localizado pela polícia.

Acreditava-se que a motivação de Valdivino para cometer crime seria um eventual pedido de desocupação do imóvel onde morava, mas a polícia constatou que o aluguel era pago corretamente, sem atrasos. Portanto, a imobiliária não teria emitido uma ordem de despejo da casa alugada.

Mesmo que não tenha comprovação de uma doença mental diagnosticada, a polícia trabalhava com hipótese de que Valdivino tenha tido um surto psicótico. No entanto, outras linhas investigativas não foram descartadas já que há “informações desencontradas” sobre o ocorrido.

Os dois sobreviventes do atentado já receberam alta médica e devem ter seus depoimentos colhidos na próxima semana.

O caso segue sob investigação do delegado Diogo Andrade.

Atentado em Ipameri

De acordo com a Polícia Militar, Valdivino ateou fogo à casa em que morava de aluguel e seguiu, armado, até a imobiliária responsável pela locação da residência, onde atirou contra três funcionários. Orlando Vaz, corretor da imobiliária, morreu na hora.

Depois, ele saiu da imobiliária e disparou contra clientes e funcionários de um supermercado. Uma funcionária que cobria férias de outra atendente foi baleada e precisou ser levada para um hospital de Catalão, a cerca de 60 quilômetros de Ipameri.

Policiais militares e civis de várias passaram horas em busca do atirador, que, segundo a PM, tinha duas pistolas registradas em seu nome. Para a segurança dos moradores, o capitão Wilson Martins Júnior, comandante da 40ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) da cidade, pediu que comerciantes fechassem as portas e que a população evitasse sair de casa até a captura do foragido. No entanto, ele tirou a própria vida durante uma negociação com os policiais.

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