Autor de incêndio na vegetação próxima ao Oscar Niemeyer é suspeito de ter ateado fogo no Parque Sabiá, em Goiânia
O rapaz confessou o crime à polícia e alegou que teria sido motivado por "problemas pessoais"
O autor do fogo que tomou conta da vegetação próxima ao Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, é suspeito de ter iniciado o incêndio no Parque Sabiá, na região sudeste da capital. Rodrigo Fernando dos Santos, de 32 anos, foi preso em flagrante na tarde desta sexta-feira (20).
Segundo o delegado Luziano Carvalho, da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), o rapaz é gari e trabalha na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Rodrigo confessou o crime e alegou que teria sido motivado por “problemas pessoais“: discussões com a esposa, problemas de saúde e financeiros, como o pagamento de pensão.
O homem estaria de carro pela região do Bairro Alto da Glória quando parou para urinar. Moradores da região gravaram a ação. Assim que ele deixa o local, o fogo tem início. Com imagens da placa do carro, a Dema chegou a Rodrigo. “Ele contou que tinha só um palito de fósforo, que riscou e colocou em um monte de folhas. Quando chegou em casa, ele percebeu o tamanho do incêndio que tinha causado”, afirma Luziano.
Nas últimas semanas, o fogo tem tomado de conta de parques e vegetações por todo o Estado de Goiás. Nesta sexta-feira (20), a Prefeitura de Santa Helena decretou estado de emergência por causa das chamas e da fumaça. O delegado afirma que esse é o momento punição.
“O problema do incêndio não é apenas de perigo à vida, patrimonial, econômico, ambiental. É um problema educacional. Vemos senhores e jovens colocando fogo em áreas urbanas e rurais. Mais do que qualquer coisa, esse é o momento de punição para esse tipo de atitude”, diz Luziano. A pena para incêndios criminosos provocados em vegetação é de dois até quatro anos de reclusão, além de multa.