Autor de vídeo que viralizou sobre suposta fraude em posto de combustível deve ser processado
Procon diz que denuncia não procede e donos do estabelecimento devem processar jovem
Uma denúncia a um posto de gasolina de Anápolis deve parar na Justiça. O motivo? A denúncia não procede, de acordo com averiguação do Procon realizada na manhã da quarta-feira (15) no Auto Posto Senna, no Parque Brasília, na cidade a 50 quilômetros de Goiânia.
“Meu carro possui [capacidade para] 52 litros, aqui está acusando 54.742, ou seja, a bomba está roubando”, denuncia um consumidor em vídeo que viralizou através do WhatsApp.Ele continua o vídeo mostrando a fachada do posto, dizendo para os consumidores ficarem atentos à suposta fraude “Eles colocam um preço inferior, mas para cobrar do consumidor um valor maior”, continua.
Munida da informação, a equipe do Procon foi até o local e realizou a análise de volumetria e constatou que a quantidade de combustível era a mesma indicada pela bomba. Com isso, o órgão esclareceu pelas redes sociais que o estabelecimento estava de acordo com as normas legais de defesa do consumidor.
“É um denúncia rotineira que recebemos”, aponta o secretário de defesa do consumidor de Anápolis, Robson Torres. Ele afirma que outras vezes realizaram o mesmo teste, com denúncia parecida e não encontraram diferença entre o volume preenchido no indicador e o que aparece na bomba de combustível para o consumidor.
“O motorista muitas vezes pede para que o frentista encha além da trava do tanque, por isso ocorre a diferença”, explica o secretário. “Muitas vezes a pessoa não entende do que está falando e vai para as redes sociais fazer denúncias vazias. Uma sociedade não evolui assim”, diz.
“Orientamos ao consumidor que caso haja dúvidas não faça denúncias desta forma. Vá a um órgão competente e procure as autoridades que realizamos o teste de forma mais efetiva”, finaliza o secretário.
Justiça
Diante da comprovação por parte do órgão de defesa do consumidor, os proprietários do posto devem procurar a Justiça. O gerente do estabelecimento, Gleison Vasconcelos, afirma que o posto cumpre com todas as normas de defesa do consumidor e que, devido à forma como foi feita a denúncia irá processar o autor do vídeo.
Ele diz não haver necessidade de se fazer denúncia deste tipo, sem antes procurar a gerência ou ouvir o outro lado da história. “O posto fica com a imagem arranhada. O cara não entende do que está falando e faz isso? Vamos procurar nossos direitos”, diz.
A reportagem tentou contato com o autor do vídeo, mas não obteve sucesso. O canal está aberto para sua defesa.
Confira o vídeo