MUITO DISTANTES

Autoridades prendem fugitivos de Mossoró (RN), no Pará, após 51 dias de buscas

Fugitivos estavam na capital Belém e foram detidos em deslocamento para Marabá, a cidade a cerca de 1.600 km de Mossoró

As autoridades prenderam os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, nesta quinta-feira (4), no Pará. As buscas duraram 51 dias, uma vez que os homens escaparam em 14 de fevereiro, por volta das 3h da madrugada.

A informação da captura foi revelada pelo O Globo e confirmada por outros veículos. Os fugitivos estavam na capital Belém e foram detidos em deslocamento para Marabá, a cidade a cerca de 1.600 km de Mossoró. Esta foi a primeira fuga de um presídio de segurança máxima no País.

Ambos os suspeitos teriam ligação com o Comando Vermelho e seriam envolvidos em guerras de facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas no Acre. A Polícia Federal investiga se ocorreu facilitação da fuga. Durante a fuga, eles teriam recebido ajuda de pessoas fora do presídio. Ao menos cinco teriam sido presos.

Até meados do mês passado, as autoridades acreditavam que eles estariam escondidos em cavernas na zona rural de Baraúna (RN), região próxima a Mossoró – mas seria impossível vasculhar todas, pois eram mais de 200 mapeadas, algumas de difícil acesso. Cerca de 500 policiais atuaram nas buscas.

“Caçada”

Em junho de 2021, uma “caçada” também mobilizou as forças de segurança de Goiás e do País. Lázaro Barbosa, apontado como autor da chacina contra uma família no DF e uma série de outros crimes na região do Entorno, morreu após confronto com a PM, no dia 28 daquele mês, após cerca de 20 dias de fuga e uma operação com mais de 270 agentes.

Ele foi encontrado em Águas Lindas de Goiás. À época, segundo a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), o homem descarregou uma pistola contra os policiais. No revide, ele foi atingido com tiros no peito, barriga e cabeça. Ele chegou a ser encaminhado para o hospital, mas não resistiu. Vale citar, a captura e a morte ocorreram após a denúncia de que o criminoso estaria na casa da ex-sogra, naquele município.

Inclusive, aproximadamente 20 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que também participaram do caso Lázaro também atuam nas buscas dos fugitivos de Mossoró.

Para o Ministério da Justiça, é natural a captura dos fugitivos de Mossoró levar mais tempo que a de Lázaro. Isso, porque o serial killer deixava rastros constantes ao tentar invadir propriedades privadas. Integrantes da pasta garantem que há evolução nas buscas.