DIA DE FINADOS

Auxiliar de serviços-gerais reclama de manutenção do Cemitério Parque, em Goiânia

Visitante critica manutenção: "pagamos taxa de limpeza, mas temos que fazer nós mesmos"

Auxiliar de serviços gerais faz manutenção do jazigo em que sua família está enterrada (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

Se tem uma data sagrada para a auxiliar de serviços-gerais Gildei Neres de Paula é o feriado de Finados quando vai com sua família até o Cemitério Parque, no Setor Gentil Meireles para fazer um ode à memória de seus entes queridos que se foram. Lá, foram enterrados seus avós, pai, mãe e até irmãos. 

Aos 55 anos, ela não se lembra quando o ato de visitar os jazigos de seus entes tornou-se tradição em sua família. “Tem muitos anos mesmo, menino… Eu não sei te falar quanto tempo. Muitos anos… É algo que nós não abrimos mão”, destaca em breve entrevista ao Mais Goiás. “Para mim, todo o ano é fundamental eu ir”.

Pelas lentes do fotógrafo Jucimar de Sousa, Gildei foi flagrada lavando o túmulo de seus entes. “A gente até paga uma taxa para limpeza, mas nunca fazem direito”, lamenta. “Aí a gente precisa vir e fazer uma boa limpeza pela memória dos nossos queridos”, salienta. 

Ela, no entanto, questiona a limpeza do Cemitério. “Está uma porcaria. Totalmente abandonado”, desabafa. “Tem muitos túmulos abertos. Eu sei que muitos são particulares e as pessoas não vêm fazer suas manutenções, mas hoje mesmo tinham muitos abertos. Ano passado, tinha um do nosso lado que dava para ver a ossada”, relembra.

Ao Mais Goiás, a Comurg explica que a companhia tem a responsabilidade de manter limpo as vias públicas dos cemitérios públicos da capital. A manutenção dos jazigos e túmulos deve ser feita pelos familiares.