Avião cedido pela Justiça à Alego realiza primeiro transporte de órgãos no Estado
"Nós temos a missão de servir a população e esse avião tem justamente esse objetivo", afirma Bruno Peixoto, presidente da Assembleia
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) disponibilizou o avião, recentemente cedido ao Poder Legislativo pela Justiça, para transportar órgãos de Uruaçu a Goiânia. Foi a primeira ação do tipo realizada pela aeronave.
Com a medida, quatro pessoas receberam doações de rins e córneas. O trabalho ocorreu de forma integrada com a Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Presidente da Alego, o deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil) lembrou que a aeronave modelo Baron 85-B55 foi apreendida pela Polícia Federal (PF) em operações contra o tráfico de drogas. Pouco depois, a Justiça autorizou que o avião fosse usado pelo parlamento goiano para o deslocamento dos deputados em viagens mais longas e, agora, realizou o primeiro transporte de órgãos.
“Cedida pela Justiça à Alego, o avião não se limita apenas ao transporte dos parlamentares nas viagens mais longas, mas, sobretudo, nas operações críticas de resgate e atendimentos emergenciais, incluindo o transporte célere de órgãos para transplantes. Nós temos a missão de servir a população e esse avião tem justamente esse objetivo. É gratificante ver que vidas foram salvas através dessa nobre ação”, disse Bruno.
Operação
Em relação a operação, os médicos deram início ao procedimento de retirada dos órgãos às 14h. Por volta de 16h30, a equipe já decolava de volta do Hospital Estadual Centro Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, para o aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia.
Na capital, uma equipe de transporte terrestre esperava a chegada dos órgãos, a fim de preservar os tecidos e garantir o sucesso do transplante. O piloto e tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Militar da Alego, Fernando Rezende, foi o responsável pelo comando da aeronave.
O militar afirmou que esta ação “valeu muito a pena”. “O que sustenta a gente nesse trabalho são situações como essas. Tem dias que é difícil nosso trabalho, nem sempre a gente tem sucesso no resgate. Mas, quando a gente salva uma vida, vale muito a pena.”
Também participaram da operação os médicos José Dimas Silveira Júnior e Rogério Paes Camapum Guedes e as enfermeiras Adrianna Pereira do Prado Paula e Maria Angélica de Oliveira.