TRAGÉDIA

Avião que caiu em Vinhedo (SP) estava com manutenções em dia, diz Cenipa

Aeronave passou por revisão em 24 de junho e, no dia do acidente, por um “check diário”

Avião que caiu em Vinhedo (SP) estava com manutenções em dia, diz Cenipa (Foto: Reprodução)

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) relatou que a aeronave da VoePass (antiga Passaredo), que caiu em Vinhedo (SP) e matou 62 pessoas em 9 de agosto, estava com as manutenções em dia. A informação foi divulgada na sexta-feira (6).

Segundo o Cenipa, a aeronave passou por revisão em 24 de junho e, no dia do acidente, por um “check diário”. A checagem constatou que o avião estava apto para voo.

Sobre a queda, o monitoramento extraoficial do Flight Radar mostra que houve uma queda repentina. O avião, que estava a 17 mil pés de altitude às 13h20, em dois minutos foi a 4 mil pés. Naquele momento, o sinal de GPS foi perdido pela plataforma.

Acidente e suspensão de voos diários

Uma aeronave da frota da Voepass caiu em Vinhedo (SP), em 9 de agosto, culminando na morte de 62 pessoas e um cachorro. No dia anterior, o avião havia passado por Rio Verde, também com destino a São Paulo (SP). A caixa preta do avião que caiu no interior de São Paulo registrou gritos e conversas do co-piloto sobre “dar potência” à aeronave minutos antes da queda. As cerca de 2h de transcrições foram feitas pelo laboratório de leitura e análise de dados do Centro de Investigação e Prevenção e Acidentes, vinculado à Força Aérea.

Após o acidente, a companhia anunciou que suspenderia voos diários para nove destinos no Brasil, entre eles Rio Verde. A medida vai até 26 de outubro. Segundo a empresa, a ideia é readequar a malha aérea da companhia, que está com um avião a menos. A suspensão temporária ocorre para diminuir atrasos e cancelamentos.

Em Rio Verde, a suspensão ocorreu em 2 de setembro, bem como em São José do Rio Preto (SP), Cascavel (PR). Antes, em 26 de agosto, Salvador (BA), Natal (RN) e Mossoró (RN) deixam de receber voos diários. Fortaleza (CE), Confins (MG) e Porto Seguro (BA) deixaram de operar desde o dia do acidente.