Uma Bacharel em Direito de 23 anos foi presa em flagrante pela Polícia Civil suspeita de praticar um aborto. O feto que teria sido gerado por ela foi encontrado no lixo do banheiro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Curitiba, em Goiânia.
Foi no início da manhã de domingo (21) que funcionários da UPA ligaram para a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) e informaram terem encontrado no banheiro um feto que teria entre cinco e seis meses. Ao verificar o registro das pessoas atendidas na noite anterior, os agentes da DIH chegaram à jovem.
“Ela entrou lá na noite de sábado alegando que não estava suportando as dores proveniente de uma cólica menstrual, e depois de tomar uma medicação e ficar deitada foi embora, mas felizmente conseguimos localizá-la”, relatou o delegado Ernane de Oliveira Cazer, adjunto da DIH. Quando os agentes chegaram na casa onde a jovem que veio do Tocantins morava com os tios, porém, ainda de acordo com o delegado, eles mentiram que ela já tinha ido embora.
“Descobrimos que ela escondeu a gravidez, mas depois do aborto contou para os tios, que então tentaram protegê-la”, destacou Cazer. Em depoimento, a bacharel disse que pesquisou na Internet sobre que medicamentos deveria tomar, e alegou que não podia ter a criança porque estava focada em estudar para passar na prova da OAB a fim de começar a atuar como advogada e então, melhorar de vida.
A jovem, que não teve o nome divulgado, segundo o delegado para não atrapalhar sua vida profissional no futuro e também para que não seja agredida na cadeia, foi autuada em flagrante por aborto, crime que tem pena prevista de um a três anos de reclusão.