Bancas de guloseimas espalhadas por Goiânia promovem honestidade

É comum andar por Goiânia e cruzar com bancas vendendo guloseimas. Contudo, uma iniciativa tem usado as banquinhas para promover ações de honestidade entre a população. O projeto ligado à Organização Não Governamental (Ong) +Ação propõe que as pessoas escolham os produtos como chocolates e petiscos, que custam R$ 2, e deixem o dinheiro em um cofre que fica no local, sem que nenhum vendedor ou vigia fiscalize o ato.

O projeto funciona desde fevereiro em diversos pontos de Goiânia e já possui 17 banquinhas espalhadas no Aeroporto, em cartórios, escolas e universidades. O idealizador do projeto, Leandro Sena, explica a ideia já foi executada em outras cidades do mundo e o resultado foi positivo, por isso surgiu o desejo de trazer a iniciativa para a capital.

O objetivo principal das banquinhas é despertar a honestidade nos cidadãos. “A honestidade não é só uma virtude, ela é uma obrigação. Mas as pessoas estão desacreditadas por causa de tanta corrupção então pensamos na ideia de um projeto que incentive isso. A quantidade de pessoas que paga ou não serve como termômetro de como estão se comportando em cada local”, explica Leandro.

O idealizado relata que, apesar de não haver um número específico, mais da metade das pessoas que pegam um produto pagam pelo mesmo. Contudo, Leandro pontua que já houve casos de prejuízo em determinadas bancas pela cidade, uma vez que o valor das guloseimas é simbólico e mesmo assim há aqueles que não pagam.

Além de incentivar a honestidade, o dinheiro arrecadado com a venda dos produtos é revertido para um dos projetos da Ong +Ação. Leandro conta que mantém, há onze anos, uma escolinha de futebol que já atendeu cerca de 500 crianças e jovens entre 5 e 17 anos. Com o montante das guloseimas, a organização paga os professores, o transporte e as contas para manter a iniciativa.

Leandro conta que, além de instalar novas banquinhas por Goiânia, a ONG vai desenvolver uma cartilha baseada na experiência para espalhar ainda mais o sentido da honestidade. “Pois todos os dias as pessoas fazem coisas desonestas que parecem pequenas como desrespeitar as leis de trânsito, usar um atestado médico falso ou mesmo mentir”, conclui.