QUARENTENA

Bares tradicionais de Goiânia avisam a clientes que permanecerão fechados

Mesmo após a publicação do decreto estadual que libera quase todas atividades econômicas a partir da próxima…

Mesmo após a publicação do decreto estadual que libera quase todas atividades econômicas a partir da próxima terça-feira (14), alguns bares – categoria que foi contemplada pela flexibilização das regras – decidiram não reabrir as portas. Muitos utilizaram as redes sociais para avisar aos clientes que, por ora, permanecem fechados.

O Bar da Tia, que fica na Praça Universitária e é ponto de encontro de estudantes, informa que pretende retornar as atividades apenas em agosto. “Mesmo com essa liberação de reabrirmos a partir de amanhã, nós do Bar da Tia resolvemos ainda por segurança e responsabilidade ao próximo, esperar mais alguns dias, reabrindo apenas em agosto (se Deus nos permitir)”.

A nota deseja bom trabalho aos estabelecimentos que retornarão as atividades. “Em breve, nós também estaremos prontos para atender nossos primos e primas com toda alegria que sempre nos foi marca registrada.

O Matuto Bar, que também fica no Setor Leste Universitário, destacou em publicação que tem “insegurança pelo momento que Goiânia passa pela pandemia” e justificou a não reabertura inviável por não ter “nenhuma garantia e apoio do governo”.

“Temos total consciência que nós, como empresa, estamos passando por um momento financeiro terrível. Mas após muito pensarmos decidimos esperar um pouco mais para nossa reabertura. Não queremos colocar ninguém em risco . Até porque mesmo abrindo sabemos que não temos nenhuma garantia e apoio do governo. Toda a responsabilidade é nossa”, pontua.

Além disso, a nota também deseja sorte aos demais estabelecimentos que seguirão o decreto municipal e estadual, mas destaca que, em respeito aos clientes e funcionários, continuarão funcionando por delivery. “Temos um respeito muito grande com nossa equipe e clientes. E mesmo estando em uma situação crítica vamos aguardar um pouco mais. Entendemos e respeitamos nossos amigos de bares que irão abrir, temos certeza do desespero de cada um. Sabemos que existem muitos que estão passando inúmeras dificuldades como nós tb. E desejamos toda sorte do mundo. Porém, nós do Matuto vamos aguardar mais um pouco. Em breve estaremos juntos e contamos como o apoio de cada um dos nosso clientes e colaboradores tão queridos”, retifica a publicação.

Outro estabelecimento que também não abrirá em primeiro momento é a Cervejaria Mangueiras, localizada no Setor Oeste. O local, que negou fechamento após uma fake news espalhada por causa da pandemia, publicou uma nota em que afirma que aguarda todas as medidas e protocolos oficiais da prefeitura para implantação e levar segurança ao público.

“Caros clientes, informamos que não retornaremos às atividades nesse primeiro momento, visto que ainda estamos aguardando os protocolos oficiais da prefeitura, os quais estabelecerão as exigências e medidas que teremos que implementar visando maior segurança tanto do público como dos funcionários. Reforçamos que a nossa maior preocupação, no atual cenário, é com a saúde e bem estar de todos. Assim que definirmos a data de reabertura informaremos aqui”, ressalta a publicação.

Reabertura é opção

De acordo com Fernando Jorge, presidente da Associação de Bares e Restaurantes de Goiás (Abrasel), não há um número exato de estabelecimentos que voltarão a funcionar a partir de amanhã, mas afirma que esse mês e agosto acontecerão reabertura gradativa. “Muitos estão se preparando. Não é somente abrir. Tem que preparar o pessoal, fazer sanitização, preparar estoque de alimentos. São muitos processos que impossibilitam a reabertura imediata amanhã”, destaca.

Fernando destaca que adiar a abertura é opcional e o fato financeiro é o maior empecilho para o retorno imediato das atividades. “Após muitos dias fechados, muitos empresários estão tentando conseguir empréstimos para poder voltarem a trabalhar. Além disso, eles vão analisar como está o mercado. Estratégias terão de ser buscadas para que não haja reações que possam levar os empresários a fecharem as portas novamente”, afirma.