Bebê de 1 ano morre ao ser picada por escorpião em Uruaçu; mãe também foi atacada
Os pais só perceberam que a criança havia sido picada no trajeto para o hospital

Uma bebê de 1 ano morreu ao ser picada por escorpião em Uruaçu. A mãe dela, que também foi atacada pelo animal, precisou de atendimento hospitalar. Ferroada primeiro, a mulher seguia para o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) quando percebeu que a criança também tinha sido atacada. A Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES-GO), ainda investiga o óbito.
O caso aconteceu na terça-feira (18/3) por volta das 22h. As vítimas estavam em casa quando a mãe sentiu a ferroada. Com muita dor, ela foi socorrida pelo marido. A filha acompanhava o casal, mas, no caminho para a unidade, começou a vomitar e apresentou sinais de fraqueza.
De acordo com a equipe de saúde, a menina deu entrada com quadro grave de intoxicação. Ela foi atendida junto com a mãe e ambas receberam o soro antiescorpiônico enviado ao local pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município
Apesar dos esforços, a criança não resistiu e morreu durante a madrugada de quarta-feira (19/3). A mãe foi medicada e recebeu alta após algumas horas. Segundo a família, a bebê foi velada e enterrada no mesmo dia, em um cemitério da cidade.
A espécie do escorpião não foi informada.
Apesar de o HCN atribuir o óbito da bebê à picada de escorpião, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) afirma que as circunstâncias da morte da criança ainda são investigadas. Veja a nota a seguir:
NOTA SES/GO
“A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás informa que a bebê foi atendida no Hospital Estadual de Uruaçu e o óbito segue em investigação”.
Sete mortes em 2024 segundo dados do Ministério da Saúde
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o acidente com escorpião ocorre quando um animal injeta sua peçonha através do ferrão. Esses ataques são comuns em zonas tropicais e subtropicais e têm maior incidência em períodos de alta temperatura e umidade.
Em Goiás, uma planilha divulgada pelo MS mostrou que, em 2024 foram registradas sete mortes e 6.530 notificações realizadas, com maior incidência de acidentes entre homens de 20 a 29 anos, no entanto, as crianças são as mais suscetíveis em envenenamentos graves que podem chegar a óbito. No primeiro trimestre de 2025, foram confirmados dois óbitos em 948 ataques de escorpiões no Estado.
Os sintomas variam entre manifestações no local da picada, como dor imediata e sudorese, e sistêmicas, como tremores, náuseas, arritmias cardíacas e, em casos graves, choque.
No Brasil, as espécies mais relevantes para a saúde pública são o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), o escorpião-marrom (Tityus bahiensis), o escorpião-amarelo-do-nordeste (Tityus stigmurus) e o escorpião-preto-da-amazônia (Tityus obscurus).
Em caso de acidentes com esses animais, o Ministério da Saúde recomenda procurar orientação médica imediatamente para ser administrado o soro antiescorpiônico o quanto antes, ficando o paciente em observação hospitalar.