VITÓRIA

Bebê de “meio coração” recebe alta da UTI em São Paulo

A pequena Elisa passou pela primeira cirurgia no dia 8 de fevereiro e estava se recuperando na UTI. Agora ela irá aguardar na enfermaria para realizar um novo procedimento

Gabriella conseguiu na justiça que plano de saúde pagasse pelo tratamento da filha, em São Paulo. (Foto: reprodução/arquivo pessoal).

Após 37 dias internada na UTI, na última quarta-feira (17), a pequena Elisa Castro recebeu alta para ir à enfermaria. O caso da bebê ganhou repercussão pois ela nasceu com a Síndrome de Hipoplasia do Ventrículo Esquerdo (SHVE), conhecida como síndrome do “meio coração. Ainda durante a gestação, a mãe da menina e moradora de Senador Canedo, Gabriella Castro, conseguiu na Justiça que o plano de saúde custeasse o parto e o tratamento da filha, em São Paulo.

Elisa passou por sua primeira cirurgia no dia 8 de fevereiro, quando tinha apenas três dias de vida. Pelas redes sociais, Gabriella comemorou a alta da terapia intensiva. “Como estamos gratos em saber que esse momento chegou e que nossa pequena venceu a primeira etapa”, comentou.

A família permanecerá em São Paulo acompanhando a criança, que irá esperar em um leito de enfermaria para que a segunda cirurgia seja realizada. A previsão é de que o procedimento ocorra em três meses.

Entenda o caso

Durante o pré-natal, Gabriella descobriu que sua filha era portadora de uma grave cardiopatia congênita. Ela foi orientada por especialistas goianos de que o tratamento adequado deveria ser feito em São Paulo. A partir daí, a mãe de Elisa solicitou que o Instituto de Assistência Médica de Senador Canedo (Iamesc) custeasse o tratamento da bebê em outro estado, mas o pedido foi negado.

Diante da negativa, Gabriella levou o caso à Justiça. Em primeira liminar proferida pela Comarca de Senador Canedo, o pedido foi deferido e o plano de saúde foi obrigado a custear o tratamento em São Paulo. O Iamesc entrou com recurso e a desembargadora Elisabeth Maria da Silva suspendeu os efeitos da liminar e tirou a obrigação do custeio do tratamento em São Paulo.

O advogado de Gabriella, Nilson Gerada, recorreu, e, em nova decisão, a Justiça determinou que o plano pagasse apenas R$ 100 mil de um tratamento com valor total de cerca de R$ 1 milhão.

Após o deferimento parcial, o defensor entrou com mandado de segurança contra a decisão. O desembargador Itamar de Lima deferiu o pedido e determinou que o plano de saúde pagasse todo o valor do tratamento.