Bebê encontrado em caixa de papelão é diagnosticado com sífilis

O recém-nascido que foi encontrado numa caixa de papelão na manhã da última sexta-feira (25), dia de Natal, numa rua do Jardim Nova Esperança, em Goiânia, foi submetido a um exame de sangue que detectou a presença de sífilis. O bebê, que receberia alta no último sábado (26), agora está recebendo o tratamento adequado à base de antibióticos contra a doença.

O menino foi encontrado ainda com o cordão umbilical e em aparente bom estado de saúde. No entanto, após ser levado para o Hospital Materno Infantil (HMI), o bebê passou por um exame que detectou alteração no sangue, apontando para uma infecção por sífilis.

Ao Mais Goiás, o conselheiro tutelar José Roberto da Silva, que atua no caso, informou que o bebê será submetido a um tratamento com antibióticos por 10 dias. Após a alta, a criança será encaminhado ao Residencial Professor Niso Prego, em Goiânia, uma unidade de acolhimento institucional provisório para crianças afastadas do convívio familiar .

Em nota, o HMI confirmou o tratamento com antibiótico e informou que o recém-nascido passa bem. No entanto, adiantou que não há previsão de alta.

Já a Polícia Civil informou que já instaurou um inquérito para apurar o caso de abandono da criança.

A sífilis e suas formas de transmissão e tratamento

Conforme informativo do Ministério da Saúde, a transmissão vertical do Treponema pallidum (causador da sífilis) ocorre em mães com infecção ativa em qualquer estágio. Raramente é adquirida por meio de contato direto com lesão genital ou mamária.

De acordo com a pasta, a bactéria dissemina-se através da placenta, cordão umbilical, membranas e liquido amniótico e não ocorre transmissão pelo aleitamento materno (exceto se lesão mamária). O tratamento que leva à cura da doença é feito com antibióticos específicos.

Em adultos, ainda segundo o Ministério da Saúde, a sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada. Se não tratada, a doença se estende por sífilis primária, secundária, latente e terciária – tendo cada estágio suas próprias características.

O jeito mais eficaz de tratar a doença é com a administração de penicilina benzatina, popularmente conhecida como benzetacil.