Bebê levada à UTI por ficar 15h sem energia com problema cardíaco morre em Goiânia
Menina nasceu com cardiopatia e dependia de um aparelho ligado à tomada para viver
A bebê Sibely Ribeiro, de 11 meses, que por problema cardíaco precisou ser levada à UTI após ficar 15h sem energia em casa morreu em Goiânia. O óbito da menina, que dependia de um aparelho conectado à tomada para sobreviver, foi registrado nesta quarta-feira (4). O dispositivo auxiliava na respiração da criança. Segundo a família da vítima, ela lutou para viver, mas no quinto dia não resistiu a uma parada cardíaca.
A queda de energia que provocou o agravamento do quadro da bebê Sibely ocorreu na madrugada de sexta-feira (30), na cidade de Piranhas, onde a menina vivia com a mãe. Por conta da falta de energia, a menina sofreu asfixia, ficou roxa e espumando pela boca e precisou ser internada às pressas no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), na capital.
Alta há um mês
A mãe da menina, Graziela Ribeiro, explica que, por conta da cardiopatia, a bebê ficou internada por 10 meses no Hospital da Criança, em Goiânia, e havia recebido alta e ido para casa há cerca de um mês. A médica Laura Moreira Tannus, que participou do tratamento da menina durante esse período, disse ser um absurdo que isso tenha acontecido.
“Depois de tudo que essa criança e a mãe já passaram, acontecer algo com ela porque faltou energia é, no mínimo, um absurdo. Estamos falando de uma vida, de uma pessoa que morreu porque simplesmente não tinha o básico”, afirmou.
Sem energia
A Enel, responsável pela distribuição de energia em Goiás, lamentou a morte da criança em nota. A concessionária afirmou que desde que a criança foi hospitalizada se colocou à disposição da família. Além disso, explicou que a falta de energia aconteceu por causa de um problema inevitável no transformador e que a empresa só foi acionada no dia seguinte do imprevisto.
Ainda segundo a concessionária, a família não estava cadastrada como cliente sobrevida, quando é informada à empresa a existência de pessoas que dependem de aparelhos médicos em suas residências. “Clientes sobrevida possuem atendimento prioritário em situações de falta de energia”, explicou.