Bebês trocados em hospital de Aparecida passam por novo exame de DNA
Resultado do DNA deve ficar pronto em dez dias. Polícia investiga o caso
Os bebês que foram trocados no Hospital São Silvestre, em Aparecida de Goiânia, passaram por mais um exame de DNA em um laboratório particular. As crianças e as supostas mães já haviam passado pelo procedimento anteriormente, mas o resultado de uma das genitoras foi inconclusivo. O resultado do novo exame feito neste sábado (29) deve ficar disponível em até dez dias úteis. Famílias estão abaladas e apreensivas. A Polícia investiga o caso.
As crianças nasceram no último dia 29 de dezembro e o hospital informou que houve “quebra de protocolo”, o que pode ter contribuído para a troca dos recém-nascidos. Diversos funcionários da unidade foram afastados em razão do ocorrido.
De acordo com Eduardo Costa, advogado da dona de casa Juciara Maria da Silva, uma das partes afetadas com a troca dos bebês, explicou que o exame de DNA é realizado nas crianças com uma escovinha inserida no céu da boca.
Ao todo, quatro amostras foram colhidas: uma linear para Juciara e a criança que está com ela e outra cruzada para a a mulher e a outra criança que pode ser sua filha legítima. O mesmo ocorre com Viviane Alcântara, segunda parte envolvida.
Segundo Eduardo, Juciara está indignada em submeter a criança nesta situação por possível falta de atenção da unidade de saúde. “Eles são muito novinhos e por um erro da unidade de saúde, as crianças têm que pagar. Eu fui pai recentemente e imagino como essas famílias estão abaladas psicologicamente”, conta.
O defensor diz, ainda, que a mulher está muito abalada desde que soube que a criança que carrega nos braços pode não ser filho legítimo dela. “Ela contou que não conseguiu dormir nada desde ontem devido à ansiedade para a conclusão do caso”, destaca.
Troca de bebês em hospital de Aparecida: primeiro resultado de DNA foi inconclusivo
Ao Mais Goiás, Eduardo Costa contou que Juciara Maria da Silva foi submetida a um exame de DNA ainda no hospital. O resultado, no entanto, foi inconclusivo.
Segundo o advogado, a justificativa apresentada pela unidade sobre o resultado seria em razão de uma transfusão de sangue. Juciara, porém, afirma que nunca fez o procedimento na vida.
Resultado de DNA negativo
Estevão Ferreira é advogado de Viviane Alcântara, segunda mãe envolvida na situação. O defensor afirma que, ainda no hospital, a mulher recebeu a informação de que não é a mãe biológica da criança que levou para casa desde o dia do parto, em dezembro do ano passado. O filho legítimo dela pode ser a criança que está com Juciara.
“A gente quer apenas resolver essa situação. São pessoas simples que estão sofrendo muito e que têm direito de saber onde estão seus filhos”, conta o advogado.
Segundo ele, desde que receberam a notícia da troca, todos ficaram desesperados. “A Viviane está em choque. Mesmo ela tendo o resultado da maternidade da criança, ela acredita que ele é seu filho, pois a criança que ela recebeu no parto é a mesma que está com ela até hoje”, pontua.
Até o momento, ambas as famílias afirmaram que ainda não foi discutida a possibilidade de uma ação judicial contra a unidade caso fique comprovado a troca das crianças. A princípio, as mães buscam saber quem cometeu o erro.
Hospital
De acordo com informações do Hospital São Silvestre, as crianças nasceram no dia 29 de dezembro e houve uma “quebra de protocolo” percebida no momento da alta médica das mães. Em nota, a unidade de saúde afirma que as duas famílias foram comunicadas do fato imediatamente e foi solicitada a realização de teste de DNA pelo hospital.