Biometria identifica 730 mortos que eram considerados desaparecidos em Goiás
Por meio de dados do banco Goiás Biométrico, a Polícia Civil conseguiu identificar 730 pessoas…
Por meio de dados do banco Goiás Biométrico, a Polícia Civil conseguiu identificar 730 pessoas mortas que eram consideradas desaparecidas por até 20 anos. O trabalho é realizado por uma força-tarefa que atua desde 2019 na investigação de casos antigos – a partir do ano 2000 – com cruzamento de informações e biometrias.
Ao todo, já foram encontradas impressões digitais de 1.733 cadáveres sem identidade. Até agosto de 2020, a Coordenação de Desaparecidos do Instituto de Identificação (II-GO) conseguiu identificar 759 cadáveres que passaram anos ignorados. Deste número, 730 foram identificados pelo banco de dados do Goiás Biométrico e 29 pelo Sistema Biométrico Digital de Verificação de Identidade (AFIS), da Polícia Federal.
Conforme relata a coordenadora da seção de pessoas desaparecidas da Polícia Civil, Simone de Jesus, a ação foi possível por conta da modernização da sistemática de trabalho. Antes do banco de dados de biometria, a identificação por impressão digital era feita de forma manual. Desde 2017, no entanto, todos os arquivos passaram do papel para o sistema virtual.
“Desde o início, dentre as ações planejadas pela coordenação, a mais urgente era identificar os cadáveres ignorados que permaneciam nos Institutos de Medicina Legal de Goiás (IMLs)”, afirmou Simone. Depois da identificação dos cadáveres que ainda não haviam sido reconhecidos, o Instituto de Identificação procura familiares para comunicar a localização do desaparecido. Os parentes, caso tenham interesse, podem fazer a transferência dos restos mortais para cemitérios.
Pessoas desaparecidas
Segundo dados do Governo Estadual, entre janeiro e junho de 2020, foram registrados quase 1.400 casos de pessoas desaparecidas em Goiás. Em 2019, foram exatos 3.648 desaparecimentos, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO).
Ainda conforme dados do Governo, a cada 11 minutos, pelo menos uma pessoa desaparece no Brasil e uma média de 3.100 pessoas, entre adultos e criança, desaparecem por ano em Goiás