BOLETIM DE OCORRÊNCIA

Mãe disse à polícia que professor Alcides abusa do filho dela, de 16 anos, desde 2021

Atualmente, o jovem tem 16 anos

Boletim de ocorrência registrado junto à Polícia Civil e que o Mais Goiás teve acesso, mostra que a mãe do adolescente acusa diretamente o deputado federal Alcides Ribeiro (PL) de ter abusado sexualmente de seu filho, quando ele tinha apenas 13 anos, em 2021. Atualmente, o jovem tem 16 anos. Nesta quinta-feira (12), assessores e seguranças do parlamentar foram presos acusados de tentar destruir provas que confirmariam a relação íntima entre o empresário e o menor.

Conforme o relato, o jovem foi atraído à casa de Alcides sob a promessa de participar de uma seleção para jogadores de futebol Sub-16. No local, situado em um condomínio de luxo, os abusos teriam começado após os demais adolescentes serem enviados para o campo de futebol, deixando o jovem sozinho com o político.

O boletim detalha que o menor foi submetido a toques e beijos não consentidos, além de relações sexuais que teriam ocorrido ao longo de três anos. Ainda segundo o depoimento, Alcides prometia apoio financeiro e profissional, mas não cumpriu as promessas.

A denúncia também inclui relatos de ameaças recentes. Segundo a mãe, um segurança identificado como “Leno” foi até a casa da família, alegando que levaria o adolescente a uma consulta odontológica. Durante o trajeto, no entanto, o jovem foi ameaçado com armas de fogo para apagar registros de mensagens e vídeos que poderiam incriminar Alcides.

No carro, Leno e outros dois homens teriam apontado armas para o menor, pressionando-o a não relatar o caso às autoridades. Após as ameaças, o adolescente foi deixado próximo à sua residência, visivelmente abalado. A mãe solicitou medidas protetivas urgentes para garantir a segurança do filho, temendo represálias após o registro da ocorrência. O caso foi encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

Nesta quinta-feira (12), uma operação foi deflagrada. Leno e outros dois envolvidos foram presos. Todos são ligados ao deputado federal que ainda não se posicionou oficialmente, embora confirme que Leno, além de ser seu segurança, mora em sua residência.