Honestidade

Boa ação: homem encontra e devolve smartphone de R$ 7 mil no Jardim Europa

Cada dia mais incomuns, boas ações permeadas de honestidade devem ser destacadas, sobretudo em um…

Cada dia mais incomuns, boas ações permeadas de honestidade devem ser destacadas, sobretudo em um país que – prestes a passar por mais uma eleição – carrega a pecha de corrupto. Nesta terça-feira (21), a boa notícia é a índole de Rangel Souza, 31, churrasqueiro de um restaurante, que, ao encontrar em uma rua do Jardim Europa um Iphone X, avaliado em torno de R$ 7 mil, não poupou esforços para devolver o smartphone à proprietária.

“Fui levar minha esposa no trabalho e, na volta, encontrei um celular jogado no chão. Pensei: vou levar e esperar o dono ligar. Cerca de 20 minutos depois, uma senhora ligou e combinei de levar o aparelho em um supermercado da região. Deu tudo certo”.

Segundo ele, a ideia de ficar com o celular para si nem passou pela sua cabeça. “Se não é meu, não quero, principalmente se tem como encontrar a pessoa. Muito ruim perder celular porque a gente guarda de tudo no dispositivo. Geralmente o pessoal não devolve, mas não quero para os outros nada que não quero para mim mesmo”.

A beneficiada com a ação foi a empresária Luana Araújo, 29. Segundo ela, o celular foi perdido quando, distraída, deixou o aparelho em cima do carro o qual tirou da garagem de casa para incluir mercadorias no porta-malas.

“Estava em cima do capô, mas quando removi o carro, nem lembrei. Só me atentei ao fato de que estava sem telefone quando estava há umas três quadras de distância da minha casa e resolvi ligar para ver se alguém atendia. Felizmente, Rangel atendeu”. Veja o celular:

(Foto: leitor/Mais Goiás)

Para Luana, Rangel não tinha nenhuma obrigação de ir até ela, mesmo assim se prontificou. “Eu era a interessada e fiquei sabendo que ele trabalha na Rua 44, local distante de onde nós moramos. Então, sei que ele teve que desviar sua rota para me devolver o celular. Marcamos no supermercado e me entregou sem pedir nada em troca. Mesmo assim recompensei o homem com R$ 100”.

A empresária ressalta a honestidade de Rangel. “Só tenho tido sorte, graças a Deus. Ele foi muito honesto, tentou ajudar ao máximo, sendo que se quisesse vender, conseguiria facilmente R$ 1 mil pelo aparelho”.

Conforme completa ela, a atitude renova a esperança na população. “Pessoas boas ainda existem. Não podemos pensar que o mundo só tem aproveitadores. Tem gente disposta a fazer o bem. Não podemos generalizar nunca, principalmente em um bairro que é um pouco mais humilde”.

Histórico

Rangel revela, entretanto, que esta não foi a primeira vez que devolveu um item valioso – e perdido – ao proprietário.

“Dou sorte pra achar os trem (sic). Uma vez encontrei uma carteira e consegui localizar na internet o endereço de uma distribuidora que o dono frequentava. Fui lá e consegui encontrá-lo. Se não é nosso, o certo é devolver”, reforça.