OPERAÇÃO CÓDIGO FALHO

Boleto falso: 25 são presos em Goiás suspeitos de prejuízos de mais de meio milhão a empresas

Foram cumpridos 62 mandados de prisão e de busca e apreensão

Boleto falso: 25 são presos em Goiás suspeitos de prejuízos de mais de meio milhão a empresas
Boleto falso: 25 são presos em Goiás suspeitos de prejuízos de mais de meio milhão a empresas (Foto: Polícia Civil)

Uma megaoperação da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos, da Polícia Civil, prendeu 25 suspeitos de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro na manhã desta terça-feira (28). As prisões ocorreram em Goiânia e cidades vizinhas. Segundo a Polícia Civil, o grupo é responsável por fraudar boletos bancários e aplicar golpes que somam mais de R$ 500 mil em empresas de, pelo menos, 11 Estados.

A Operação Código Falho acontece em conjunto com a Polícia Civil do Sergipe e com informações compartilhadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Foram cumpridos 62 mandados de prisão e de busca e apreensão em Goiânia, Guapó, Goianira, Trindade, Nova Veneza, Iporá e cidade de Goiás. Um homem estaria foragido.

Delegada responsável pelo caso, Marcella Orçai explica que, no golpe, a vítima recebia um boleto verdadeiro de um fornecedor, no e-mail, mas os criminosos enviavam um segundo, com outro código. “As informações eram parecidas, mas o código de barras e a linha digitável eram diferentes. Assim, o beneficiário também era outro. A vítima, então, pagava acreditando que era o fornecedor, mas, na verdade, quem recebia era o fraudador.”

Segundo ela, foram identificadas 12 vítimas, que são pessoas jurídicas de fora do Estado. Ela revela que a ação apreendeu máquinas de cartão de crédito e débito, cartões de banco e outros dispositivos. “Os próximos passos são, além da análise dos itens apreendidos, verificar a existência de outros possíveis envolvidos.”

Ainda sobre o boleto fraudado, o Ministério da Justiça informou a organização atraía as vítimas com descontos pela antecipação do pagamento. “Aí entra o código falho. O valor é passado para saldos positivos de cartão de crédito e depois, como se estivesse simulando compras reais, é passado para maquinetas de pagamento de outros fraudadores membros da associação criminosa”, disse a pasta.

As identidades dos alvos não foram reveladas. Desta forma, não foi possível ao Mais Goiás localizar a defesa dos mesmos.