Bolsonaro assina adesão de Goiás ao RRF com elogios a Caiado
Na ocasião, Ronaldo Caiado se referiu à homologação da adesão como "o maior presente" que os goianos poderiam receber
O presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou, nesta sexta-feira (24), véspera de natal, a adesão do Estado de Goiás ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), programa voltado para Estados em grave situação financeira que buscam o equilíbrio de suas contas. Na ocasião, o governador Ronaldo Caiado (DEM) se referiu à homologação da adesão como “o maior presente” que os goianos poderiam receber e que isso dará maior “previsibilidade” para Goiás. E o presidente elogiou o governador.
“O governo (federal) trabalhou de forma bastante objetiva nesta questão, entendendo os problemas de Goiás e atendendo o governador (Ronaldo Caiado), porque ele é quem sabe realmente e de fato quais são os problemas do Estado. Eu elogio o governador por essa iniciativa e o Estado passa a ter mais meios para melhor atender o interesse da população como um todo”, afirmou Bolsonaro.
O governo de Goiás tenta entrar no RRF desde 2019, mas conseguiu somente agora. A adesão do Estado foi autorizada pela Assembleia Legislativa de Goiás em julho de 2019, e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio deste ano. O regime garante ao Estado a suspensão de pagamento das dívidas com a União e melhores condições de refinanciamento. Em contrapartida, o governo estadual é obrigado a “enxugar a máquina pública”, com privatizações e cortes.
Bolsonaro assina adesão de Goiás ao RRF depois de ameaçar não assinar
Na ocasião da assinatura, Bolsonaro, que havia dito na última semana que “esperaria um pouco mais para assinar a adesão”, afirmou que o governo federal trabalhou de forma bastante objetiva ao atender o governo de Goiás, e que o governador Ronaldo Caiado “passa a ter mais meios para atender os interesses da população”.
Caiado, por sua vez, declarou que a assinatura que libera a entrada de Goiás no RRF “é o maior presente” que os goianos poderiam receber. “Goiás não quitava seus compromissos, não tinha garantia de pagamento de salários e muito menos de poder investir na infraestrutura do Estado e de implantar programas sociais”. “Posso dizer que nós, a partir de agora, temos uma previsibilidade. Goiás, hoje, sabe como administrar seu dinheiro”, pontuou.