Bom Jesus instituiu uso obrigatório de máscara contra Covid sem consultar Estado, diz SES

A secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) informou, por nota, que não foi consultada pela prefeitura de Bom Jesus de Goiás sobre o decreto municipal que determinou a obrigatoriedade do uso de máscara de proteção facial nos órgãos da administração pública em decorrência da Covid-19. De acordo com a pasta, apesar de observar o aumento no número de casos nas últimas semanas de 2024, em Goiás, o quantitativo é consideravelmente menor do que o verificado no mesmo período de 2023.

Sobre Bom Jesus, na quarta-feira (31), a prefeitura publicou decreto que obriga o uso de máscara facial em prédios públicos. O documento foi publicado em razão da alta de casos de Covid-19 no município. Além do equipamento de proteção facial, o decreto também determina a utilização obrigatória de álcool gel 70% e distanciamento social nas dependências dos prédios de todos os órgãos da administração pública da cidade.

Segundo o texto, a determinação leva em consideração “o aumento dos registros de casos de pessoas diagnosticadas com o vírus da Covid-19” em Bom Jesus de Goiás. Na quarta, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) emitiu boletim informativo com o número de casos de Covid-19 na cidade. Ao todo, são 110 casos ativos. Duas pessoas que estavam internadas por causa da doença já receberam alta.

Em Goiás, houve o registro de 4.211 casos de Covid em 2024. Do montante, 1.635 registros da doença ocorreram na terceira semana de janeiro. Ainda asssim, o Estado não prevê a criação de gabinetes de crise nos municípios, como ocorre com o avanço da dengue, ou medidas específicas. “Temos a preocupação de monitorar. Ainda não tivemos impacto nas internações, mas estamos monitorando”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, em relação ao vírus respiratório.

Ela reforça que o combate a Covid-19 se dá pela cobertura vacinal. “Para Covid temos vacina. Então, o apelo que a gente faz, quando estão aumentando casos em determinado local ou município, enquanto gestores de saúde, é melhorar a cobertura vacinal. A gente sabe que a vacina diminui a internação e diminui óbito”, argumenta.