Bombeiros começam trabalhos de aceiro no Parque Altamiro de Moura Pacheco, em Goiânia
Mais de 2.300 incêndios florestais foram combatidos só em 2019, segundo coronel Thiago Coelho; além da construção de aceiros, os bombeiros adotaram o uso de drones para monitorar os incêndios
O Corpo de Bombeiros iniciou, na manhã desta terça-feira (6), a construção de aceiros no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, em Goiânia. Os aceiros auxiliam no combate e na prevenção de focos de incêndio. São faixas de terra ao longo de divisas, cercas e áreas de vegetação que previnem a passagem do fogo. Somente entre janeiro e julho de 2019 foram combatidos mais de 2.300 incêndios florestais em Goiás. O número representa 37% a mais que o mesmo período no ano passado.
“Nós construímos aceiros e damos manutenção aos que foram feitos em temporadas anteriores de estiagem. É uma forma de evitar que as chamas se alastrem para outras partes do Parque e também de proteger a vegetação. Nossa expectativa é de construir 10 quilômetros de aceiro”, declara o comandante da Operação Cerrado Vivo, tenente-coronel Thiago Dias Coelho.
Histórico
Segundo Coelho, a região Sul do Parque Altamiro é a que possui o maior histórico de queimadas. Ele fica próximo ao Setor Vale dos Sonhos, na região Norte de Goiânia. Maior parte das ocorrências registradas pela corporação são em lotes e terrenos baldios. As chamas tomam grandes proporções e atingem a vegetação próxima. Para conscientizar a população local sobre os riscos dos incêndios em vegetação, na próxima sexta-feira (9), bombeiros e bombeiros mirins vão visitar moradores do Setor Vale dos Sonhos.
“Só esse ano nós atendemos mais de mil focos de incêndios em terrenos baldios. Pedimos, encarecidamente, à toda a população para não atear fogo em lixo e terrenos baldios. Além dos riscos à população e à vegetação, a fumaça dos incêndios pioram a qualidade do nosso ar em tempos de seca”, alerta.
A ação é coordenada pelo Corpo de Bombeiros e realizada em parceria com a Prefeitura de Goiânia e Secretaria de Estado Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). O objetivo é prevenir e controlar incêndios em vegetação e áreas urbanas.
Drone como ferramenta
De acordo com o tenente-coronel, anualmente são registrados cerca de seis mil casos de incêndios florestais pelos bombeiros. O satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (
Para evitar que novos casos ocorram e, também, para auxiliar no monitoramento das chamas durante o combate, os drones serão a nova ferramenta. Os equipamentos dão mais agilidade e auxiliam na economia de recursos financeiros com maquinário e equipe.
O monitoramento é feito até seis vezes por dia. Caso haja focos e incêndio, os bombeiros conseguem chegar ao local com mais agilidade e, assim, combater as chamas.
*Thaynara Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira