MASSACRES

Brasil teve 8 ataques em escolas nos últimos 10 anos; relembre

Um dos casos aconteceu em Goiânia, em 2017

Brasil teve 8 ataques em escolas nos últimos 10 anos; relembre (Foto: Reprodução/Luciana Amaral/UOL)

Nos últimos dez anos, ao menos oito ataques violentos a escolas aconteceram no Brasil. Um dos casos aconteceu em Goiânia, em 2017, quando um adolescente matou dois colegas e feriu mais quatro no Colégio Goyases.

O último ataque aconteceu nesta terça-feira (4), no Centro de Educação Infantil Pró-Infância Aquarela, em Saudades, a 446 km de Florianópolis, em Santa Catarina.

Por volta das 10h, um homem de 18 anos, armado com um facão invadiu a creche municipal e desferiu golpes em crianças e adultos dentro do estabelecimento de ensino. A Polícia Militar (PM) confirmou ao menos cinco mortes, sendo três de crianças e duas mulheres.

Suzano, 13 de março de 2019

Conhecido como o segundo maior ataque em escolas brasileiras, o massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), deixou dez mortos entre alunos e funcionários. Os disparos foram efetuadas pelos ex-alunos Guilherme Taucci Monteiro, 17, e Luiz Henrique de Castro, 25, durante o intervalo.

A escola deixava o portão aberto para comunidade, de modo que os jovens puderam acessá-la sem qualquer problema. Eles invadiram salas e deixaram 11 pessoas feridas, usando revólver calibre .38 e um machado. Depois dos disparos contra os alunos, Guilherme atingiu um policial à paisana e seu comparsa Luiz. Ao final, o jovem cometeu suicídio.

Segundo as investigações, Guilherme e Luiz tentavam imitar o massacre da escola de Columbine, no estado americano do Colorado, ocorrido em 1999, quando dois alunos assassinaram 13 pessoas e feriram 24.

Medianeira, 28 de setembro de 2018

Em Medianeira, cidade do interior do Paraná, um adolescente de 15 anos atirou com um revólver calibre .22 contra colegas do 1º ano do Ensino Médio, no Colégio Estadual João Manoel Mondrone. O jovem estava com facas e duas bombas caseiras, que não chegou a usar. O ataque deixou dois adolescentes feridos.

Em vídeo divulgado antes do ataque, ele disse que o caso não era culpa de “videogame, de livro, não é culpa de b**** nenhuma. É apenas culpa desses filhos da p***”.

Para a polícia, ele contou que a motivação era bullying e tinha como alvo, pelo menos, nove alunos. Neste caso,  outro adolescente de 15 anos foi seu comparsa.

Janaúba, 5 de outubro de 2017

JANAUBA - PM-MG/Divulgação - PM-MG/Divulgação

Crianças de quatro anos morreram no ataque a uma creche registrado em Janaúba (MG0 (Foto: PM-MG/Divulgação)

Treze pessoas, entre crianças de 4 a 6 anos e funcionários, morreram após o segurança Damião Soares dos Santos, 50, incendiar o Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente, em Janaúba (MG). O vigia trabalhava no local desde 2008 e não se sabe a motivação do crime que deixou mais de 40 feridos.

Ele estava de licença na data do ataque, mas disse que iria à creche para deixar um atestado médico. Porém, ele entrou, jogou álcool em si mesmo, nos funcionários do local e nas crianças. À época, sobreviventes disseram que o segurança chegou a abraçar algumas crianças durante o ataque.

Goiânia, 20 de outubro de 2017

goyazes - Luciana Amaral/UOL - Luciana Amaral/UOL

20.out.2017 – Pais de estudantes e alunos da escola fizeram uma homenagem em frente ao Colégio Goyazes (Foto: Luciana Amaral/UOL)

No Colégio Goyases, em Goiânia, um adolescente de 14 anos tirou da mochila uma pistola calibre .40, que havia pegado de sua mãe e efetuou uma série de disparos contra os colegas.

O crime resultou na morte de dois estudantes e outros quatro ficaram feridos. O adolescente pretendia fazer outros disparos. Entretanto, ao tentar recarregar a arma, foi convencido pela coordenadora do colégio a parar.

João Pessoa, 11 de abril 2012

A Escola Estadual Enéas Carvalho, em Santa Rita, região metropolitana de João Pessoa (PB), também foi palco de um ataque de violência. Um adolescente de 16 anos atirou contra três alunas.

Na época, o jovem contou à polícia que queria atingir um outro aluno, que havia discutido com ele. Porém, acabou acertando as alunas, que sobreviveram.

São Caetano do Sul, 22 de setembro de 2011

Um aluno de 10 anos da Escola Municipal Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, atirou com uma arma calibre .38 contra uma professora e depois em si mesmo. A arma usada pertencia ao pai, que é guarda civil municipal.

A educadora atingida sobreviveu, enquanto o aluno faleceu horas depois, no hospital.

Realengo, bairro do Rio de Janeiro, 7 de abril de 2011

Conhecido como um dos maiores massacres em escolas brasileiras, o ataque na Escola Municipal Tasso de Silveira, no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro (RJ), deixou 13 mortos. O autor, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira também morreu.

O ex-aluno teria conseguido entrar na escola se passando por um palestrante, já que a escola comemorava seus 40 anos. Wellington teria levado duas armas. Antes de invadir as salas, ele chegou a cumprimentar uma professora.

Salvador, 28 de outubro de 2002

Em Salvador (BA), no Colégio Sigma, um jovem de 17 anos foi preso após matar duas alunas em uma sala. O autor usava um revólver calibre .38, que era de seu pai, um perito policial.

De acordo com sobreviventes, ele teria feito os disparos porque não tinha gostado da pontuação que recebeu em uma gincana realizada na escola.

*Com informações do UOL