Confesso

Briga por ponto de tráfico motivou assassinato na Feira da Lua, revela polícia

Ao ser preso, autor dos disparos que mataram Diego Jesus no momento em que ele vigiava veículos na Praça Tamandaré contou ter recebido uma porção de crack e R$ 800 para cometer o crime

A disputa por um ponto de venda de drogas, segundo a Polícia Civil, foi o que motivou, no último dia três de agosto, um assassinato que levou pânico a frequentadores da Feira da Lua, na Praça Tamandaré, Setor Oeste, em Goiânia. Ao ser preso, o suspeito de ter efetuado os disparos contou ter recebido R$ 800 e uma porção de crack para cometer o assassinato.

Mais conhecido pelo apelido de “Pica-Pau”, Diego de Jesus da Silva, de 28 anos, foi executado com vários tiros de pistola pouco antes das 2oh, horário em que o movimento de pessoas era intenso na Feira da Lua. Logo no início das apurações, as equipes da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) descobriram que a vítima havia saído da Casa de Prisão Provisória (CPP), onde estava preso por tráfico de drogas, quatro dias antes de ser assassinado.

Com detalhes repassados por testemunhas sobre um atirador que estava sozinho e fugiu, além da ajuda prestada por registros de câmeras de segurança, os agentes identificaram Douglas Pereira Cardoso, de 26 anos, que já havia ficado preso na CPP por tráfico de drogas. Quando foi localizado, ele confessou o crime e delatou o nome do mandante.

Em um vídeo gravado pela Polícia Civil, Douglas contou que além de ter tido uma desavença anterior com Pica-Pau na cadeia, decidiu matá-lo porque ele estaria ameaçando também Alexandre Higor, o “Xandinho”, pessoa que, confessou, foi quem encomendou o assassinato, e forneceu a arma usada na execução.

“O Douglas e o Alexandre Higor vendiam drogas naquela região, e se sentiram incomodados quando descobriram que o Diego, que pertencia a uma facção rival à deles, havia retornado e também estava traficando por lá, ocasião em que decidiram matá-lo”, destacou o delegado Francisco Costa, adjunto da DIH.

Balística

Cinco dias após o crime na Praça Tamandaré, Xandinho foi morto em confronto com policiais militares. A pistola com que ele atirou contra os PMs e que foi apreendida após o confronto, confirmou a perícia, havia sido usada na execução de Pica-Pau.

Assassinato ocorreu por volta das 20h, quando a Feira da Lua ainda estava movimentada
Assassinato ocorreu por volta das 20h, quando a Feira da Lua ainda estava movimentada (Foto: Polícia Civil)

Douglas, que estava no regime semiaberto e havia rompido a tornozeleira eletrônica dias antes do assassinato na Praça Tamandaré, foi indiciado por Homicídio Qualificado, crime que tem pena prevista de 12 a até 30 anos de reclusão.