Feminicídio

Cabeleireira é agredida e morta pelo marido em Aparecida de Goiânia

Um homem de 62 anos foi preso na manhã deste sábado (22) pelo feminicídio da…

Um homem de 62 anos foi preso na manhã deste sábado (22) pelo feminicídio da esposa, a cabeleireira Gleicy da Silva Menezes Sales, na residência do casal, no Setor Rio Grande, em Aparecida de Goiânia. No momento da prisão, Ademar de Jesus Sales estava com uma corda nas mãos com a qual pretendia cometer suicídio.

O autor tem três registros criminais por lesão corporal, injúria e ameaça, crimes praticados contra Gleicy. De acorodo com o Ivair Santana, Subtenente da Polícia Militar, a mulher foi foi agredida com “tapas e pancadas” antes de ser morta por enforcamento.

Autor foi preso em flagrante antes de cometer suicídio (Foto: divulgação/PM)

“Recebemos chamado anônimo por volta das 11h30. Ele foi preso enquanto preparava cordas para cometer suicídio. Disse que iria se enforcar em uma árvore, mas não revelou o motivo do crime. Ao invés disso, reforçou várias vezes que preferia ser morto ao invés de preso, mas não ofereceu resistência”, sublinha o PM.

Quando a polícia chegou, Gleicy havia sido levada por populares à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Setor Brasicon, nas imediações da casa. “Vizinhos a encontraram desfalecida e a colocaram num carro para levá-la à unidade de saúde. Lá, médicos tentaram reanimá-la, mas o óbito já tinha ocorrido”.

Feminista

De acordo com uma amiga da ex-suplente, que pediu para ter o nome preservado, familiares e amigos estão revoltados com a situação. “Era uma ótima pessoa, lutava pelo direito de quem mais precisava. Além disso, era feminista. Para ela mulheres tinham que ser independentes ao contrário de serem submissas aos maridos. Assim queremos que ela seja lembrada, pois não merecia morrer dessa forma”.

Sobre o marido, a amiga afirmou que era uma pessoa fechada e ciumenta. “Era uma pessoa fechada, mas agressivo mesmo era só com ela, por ser muito ciumento”.

Gleicy deixa dois filhos que atualemente estão em Bruxelas, na Bélgica. O Mais Goiás tentou contato com ambos, mas não recebeu retorno até o fechamento desta matéria.