Preso em Sobradinho

Cacai Toledo é transferido para presídio de segurança máxima em Goiás

Por razões de segurança, ele foi encaminhado ao Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida

Cacai Toledo, esquerda, é acusado de mandar matar o empresário Fábio Escobar, à direita (Foto: reprodução)

A Diretoria Geral da Polícia Penal (DGAP) confirmou a transferência de Cacai Toledo para presídio de segurança máxima em Goiás. O procedimento foi realizado no último sábado (8/6). Apontado como mandante do assassinato do empresário Fábio Escobar, em 2021, em Anápolis, Cacai havia sido preso no início da semana passada, em Sobradinho, no Distrito Federal (DF).

Por medidas de segurança, ele foi encaminhado para o Núcleo de Custódia, presídio de segurança máxima, que fica no Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia. A unidade abriga, em celas individuais, líderes de organizações criminosas e presos de alta periculosidade e pouco convívio, como o serial killer Tiago Henrique Gomes da Rocha, que está preso, desde 2014, acusado de matar mais de 30 mulheres em Goiânia.

Ex-presidente do DEM ficou foragido por seis meses

Ex-presidente do Democratas (DEM, atual União Brasil), Cacai Toledo ficou foragido por cerca de seis meses, visto que a prisão dele foi decretada em novembro de 2023. Ele é investigado como suposto mandante do assassinato do empresário Fábio Escobar. Em fevereiro, ele e três policiais tornaram-se réus pelo assassinato, ocorrido em 23 de junho de 2021.

A apresentação de Cacai à polícia, concretizada nesta segunda-feira (3/6), em Brasília, resultou de uma negociação com a defesa do investigado. De acordo com o advogado dele, Demóstenes Torres, o esforço foi feito para garantir a integridade física de Toledo.

A alegação é de que os “verdadeiros mandantes do crime contra Fábio Escobar” pudessem atentar contra a vida de Toledo.

Ainda em novembro passado, o Mais Goiás teve acesso a uma carta em que Cacai afirmava ter feito as pazes com Fábio Escobar, além de alegar inocência.

Investigações apontam que sete pessoas foram assassinadas, pelo mesmo grupo criminoso, após a execução de Escobar. Dez policiais militares, suspeitos de envolvimento na trama criminosa, foram presos.